Mulher afetada pelo que ativistas disseram ter sido um ataque com gás cloro recebe tratamento em um hospital de campanha de Hama, na Síria. Ativistas de oposição publicaram um vídeo do que afirmam ser gás cloro espalhado por ruas de uma localidade síria e acusam o presidente sírio, Bashar al-Assad, de conduzir uma campanha com armas químicas. 22/05/2014.
Foto: Badi Khlif / Reuters
Ativistas de oposição publicaram um vídeo do que afirmam ser gás cloro espalhado por ruas de uma localidade síria e acusam o presidente sírio, Bashar al-Assad, de conduzir uma campanha com armas químicas.
Ativistas e fontes médicas disseram que o vilarejo de Kfar Zeita, na província de Hama, na região central da Síria e a 200 quilômetros de Damasco, foi alvo há dois meses de dois ataques com gás cloro lançado de helicópteros.
O governo nega que suas forças tenham usado gás cloro ou gases venenosos ainda mais letais, e culpa os rebeldes, que têm conduzido uma insurgência contra Assad pelos últimos três anos, por todos os ataques químicos.
A Organização para Proibição das Armas Químicas (Opaq) abriu uma investigação sobre as denúncias de ataques com gás cloro. Mais de uma dezena desses atacantes têm sido relatados a partir de 11 de abril em diversas áreas.
"Inspetores para a missão de coleta de evidências chegou à Síria na semana passada e estão tentando chegar a alguns dos locais", disse a Opaq à Reuters.
Um texto que acompanha o vídeo da oposição, publicado por um usuário chamado Mustapha Jamaa, afirma que as imagens foram feitas na quinta-feira em Kfar Zeita pelo grupo oposicionista Comissão de Revolução Geral.
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O vídeo mostra um gás amarelo-esverdeado em uma rua. Um homem foge da nuvem de gás com uma mulher que segura um pano na boca. Outro homem vestido com calça camuflada e usando uma máscara de gás pede por um carro para resgatar a mulher. Uma voz fora de quadro diz: "Bombas de gás cloro. Fumaça amarela."
A Reuters não pôde verificar independentemente a autenticidade das imagens. O vídeo não mostra o local de impacto do ataque nem indica onde foi gravado.
No vídeo, uma mulher e dois homens fogem de uma fumaça esverdeada
Foto: Youtube
Um fotógrafo disse à Reuters que chegou ao cenário do ataque uma hora depois e um helicópteros ter lançada a bomba.
"O cheiro de cloro era bem óbvio. Cheira a vinagre ou água sanitária. Eu comecei a tossir e hiperventilar. Meus olhos queimavam", disse.
Uma de suas fotos mostravam uma das mulheres que fugia do gás no vídeo. Ela estava sendo tratada com oxigênio em um hospital de campanha.
"Havia 70 pessoas feridas", disse ele. "Aqueles que se encontravam no local do impacto desmaiaram."
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Ativistas disseram que Kfar Zeita foi atacada duas vezes na quinta, assim como a vila de Al Tamana, no noroeste da província de Idlib.
O suposto ataque ocorreu no mesmo dia em que Rússia e China vetaram uma resolução que submetia a situação na Síria ao Tribunal Penal Internacional, tendo como objetivo a possível abertura de um processo sobre crimes de guerra e contra a humanidade.
Em um acordo com os Estados Unidos e a Rússia, Assad se comprometeu a entregar suas armas químicas, após centenas de pessoas morrerem em um ataque com gás sarin nos arredores de Damasco, em agosto.
O gás cloro é menos letal do que sarin, mas seu uso é igualmente ilegal sob a convenção global sobre químicos, da qual a Síria é signatária.
A Síria não declarou ter gás cloro como parte de seus estoques, complicando ainda mais a operação para confiscar as armas químicas de Assad.
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13 de fevereiro de 2014 - Criança caminha em meio aos escombros de prédios danificados, em um local atingido por bombas de forças leais ao regime
Foto: Reuters
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30 de janeiro de 2013 - Rebeldes sírios disparam granada-foguete contra posto de controle do Exército no bairro de Ain Tarma, na capital síria, Damasco
Foto: Goran Tomasevic
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09 de março de 2014 - Ruas da província de Homs totalmente arruinadas pelos bombardeios do Exército sírio e de grupos rebeldes
Foto: Reuters
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17 de junho de 2011 - Manifestantes marcham pelas ruas de Hama, em protesto contra o regime sírio
Foto: Ugarit News
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26 de setembro de 2013 - Presidente Bashar al-Assad durante entrevista a um canal de TV venezuelano
Foto: Reuters
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Crianças choram ao lado do corpo da mãe, vítima dos bombardeios de forças leais ao governo Assad
Foto: Reuters
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21 de agosto de 2012 - Forças do governo sírio exibem armas enquanto seguram um cartaz do presidente, Bashar al-Assad, no distrito de Jdeideh, em Aleppo
Foto: AFP
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Agosto de 2013 - Corpos de vítimas do ataque com gás de Sarin são dispostos em uma vala comum, nos arredores de Damasco
Foto: AFP
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Sírios caminham por rua, que, segundo ativistas, foi alvo de bombardeios de forças leais ao presidente Bashar al-Assad
Foto: Reuters
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26 de fevereiro de 2014 - Corpos de combatentes da oposição são dispostos no chão após emboscada do Exército na área de Eastern Ghouta, em Damasco
Foto: Reuters
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19 de fevereiro de 2014 - Soldados das forças leais ao presidente participam de comício em apoio ao Exército e a Bashar al-Assad
Foto: Reuters
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02 de março de 2014 - Crianças sírias em campo de refugiados na cidade de Kilis, perto da fronteira com a Turquia
Foto: Reuters
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11 de março de 2014 - Combatentes do Exército Livre da Síria caminham por uma rua destruída pelos confrontos na cidade de Morek, província de Hama
Foto: Reuters
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11 de março de 2014 - Soldado do Exército Livre da Síria posa para foto na cidade de Morek, em Hama
Foto: Reuters
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18 de fevereiro de 2014 - Rebeldes posam para foto com suas armas em Deir-al-Zor, leste da Síria
Foto: Reuters
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02 de março de 2014 - Crianças sírias refugiadas na fronteira da Síria com a Turquia
Foto: Reuters
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07 de março de 2014 - Militar do Exército Livre da Síria preparado para o combate na montanha de Dourin, próximo à província de Latakia
Foto: Reuters
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16 de fevereiro de 2014 - Recrutas participam de treinamento do Exército Livre da Síria, próximo à capital Damasco
Foto: Ammar al-Bushy
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15 de fevereiro de 2014 - Criança refugiada brinca no campo Bab Al-Hawa, na fronteira da Síria coma Turquia
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