Milhares cruzam os braços e marcham na Itália contra orçamento de Meloni

12 dez 2025 - 15h19

Uma greve nacional do maior sindicato da Itália para protestar contra o orçamento de 2026 da primeira-ministra Giorgia Meloni levou milhares de pessoas às ruas nesta sexta-feira e interrompeu trens, escolas e outros serviços públicos em todo o país.

O sindicato CGIL estima que cerca de 61% de todos os trabalhadores dos setores público e privado aderiram à greve, enquanto mais de 500.000 pessoas marcharam em passeatas nas principais cidades da Itália.

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O CGIL tem cerca de 5 milhões de membros, metade dos quais aposentados.

As estimativas da polícia sobre o número de manifestantes não estavam imediatamente disponíveis.

"A maioria dos trabalhadores que mantêm este país funcionando não concorda e não aceita o orçamento deste governo", disse o chefe da CGIL, Maurizio Landini, em uma manifestação em Florença. "O dia de hoje mostra mais claramente do que nunca que precisamos de uma mudança."

O CGIL, ao lado de outros sindicatos, criticou os aumentos previstos no orçamento para os gastos com defesa e pediu mais investimentos em saúde e educação, além de medidas para reforçar salários e aposentadorias.

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O governo afirma que o orçamento, bem recebido pelos mercados financeiros e pelas agências de classificação de risco, fortalece as finanças públicas da Itália e, ao mesmo tempo, reduz impostos para as pessoas de renda média.

Nos últimos meses, a Itália tem visto uma série de greves e marchas nacionais contra as políticas econômicas do governo e seu apoio a Israel.

O partido de direita Irmãos da Itália, de Meloni, lidera com folga as pesquisas de opinião e sua coalizão governamental permanece estável mais de três anos após a conquista do poder.

Algumas pesquisas recentes, no entanto, mostram um declínio na popularidade do governo e um modesto aumento no apoio à oposição de centro-esquerda. A próxima eleição está prevista para 2027.

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