Itália tem quase 6 mil casos de coronavírus em 24 horas

13 out 2020 - 13h08
(atualizado às 13h26)

A segunda onda da pandemia do coronavírus Sars-CoV-2 chegou de vez na Itália.

Primeiro-ministro Giuseppe Conte anunciou novas medidas restritivas para combater pandemia
Primeiro-ministro Giuseppe Conte anunciou novas medidas restritivas para combater pandemia
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

O Ministério da Saúde confirmou 5.901 novos casos nesta terça-feira, maior número para um único dia desde 28 de março (5.974), quando o país atravessava o pico da crise sanitária. Essa também é a sexta maior cifra de contágios em 24 horas desde o início da pandemia. O recorde é detido por 21 de março, com 6.557.

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A principal responsável pelo aumento expressivo dos casos nesta terça é a Lombardia, epicentro da crise na Itália e que registrou 1.080 contágios em 24 horas. A Campânia aparece em segundo lugar, com 635.

O crescimento das infecções também pode ser explicado pela melhora da capacidade de processamento de exames moleculares para o Sars-CoV-2, o chamado RT-PCR. De acordo com o Ministério da Saúde, foram concluídos 112.544 testes nesta terça-feira, contra os 26.336 de 21 de março.

As 41 mortes registradas nesta terça ainda estão longe das 919 contabilizadas em 27 de março, no pior dia da pandemia na Itália, porém esse número é o maior para um período de 24 horas desde 20 de junho, quando foram confirmados 49 óbitos.

De acordo com o boletim atualizado do Ministério da Saúde, o país soma agora 365.467 diagnósticos positivos e 36.246 vítimas.

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Médias móveis

O novo balanço fez a média móvel de casos em sete dias subir para 5.030, cifra 191% maior que a registrada duas semanas atrás. Também é o maior índice desde 1º de abril (5.170) - o pico ocorreu em 26 de março, com 5.643.

A média móvel de óbitos subiu para 31, alta de 58% na comparação com 14 dias atrás. Esse é o maior valor desde 25 de junho, com 32, mas ainda está longe da média de 814 mortes registrada em 2 de abril, número recorde até agora.

O país também contabiliza 242.028 pacientes curados e 87.193 casos ativos, maior cifra desde 8 de maio (87.961), ainda antes do fim do lockdown. Do total de pessoas com contágios ativos, 514 estão internadas em UTIs, 62 a mais que na segunda-feira.

Restrições

Para conter a segunda onda da pandemia, o governo italiano anunciou nesta terça-feira um decreto com novas restrições, incluindo o fechamento de bares e restaurantes à meia-noite, a proibição de festas em espaços abertos ou fechados e a suspensão de excursões escolares e competições esportivas amadoras com contato físico.

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Além disso, o governo determinou que, após as 21h, bares e restaurantes só poderão servir clientes que estiverem sentados, em uma medida para tentar coibir as aglomerações durante a "movida", palavra espanhola que acabou incorporada ao léxico italiano como sinônimo de vida noturna e "happy hour".

O decreto também "recomenda fortemente" que as pessoas evitem dar festas em casa e não recebam mais do que seis convidados ao mesmo tempo. Para almoços e jantares ligados a cerimônias religiosas, como casamentos e batismos, o governo estabeleceu um limite de 30 participantes.

O uso de máscaras de proteção é obrigatório tanto em espaços abertos quanto fechados, a não ser em residências privadas ou caso a pessoa esteja em áreas isoladas, como montanhas ou bosques.

"O nosso objetivo é muito claro: evitar que o país mergulhe novamente em um lockdown generalizado. A economia está voltando a correr, então, para tutelar a economia e a saúde, precisamos respeitar essas regras", disse o primeiro-ministro Giuseppe Conte.

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Segundo o premiê, a curva epidemiológica voltou a subir principalmente "devido às dinâmicas em âmbito familiar". "Devemos usar máscaras ao nos aproximar de pessoas frágeis e ao receber convidados", acrescentou.

  
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