A nova ofensiva do conflito entre Israel e Irã segue ativa, e o caminho até o cessar-fogo é complexo. Nesta sexta-feira, 20, após uma reunião com líderes europeus, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, afirmou que está disposto a "considerar" um retorno à diplomacia apenas se Israel interromper seus ataques. Já do outro lado, Donald Trump, o presidente norte-americano, considera “difícil” pedir aos israelenses que interrompam os ataques.
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"O regime israelense precisa cessar suas agressões e crimes. Enquanto os ataques prosseguirem, não negociaremos com nenhuma parte”, disse o iraniano.
O que o Irã defende manter, segundo o ministro, é a continuidade das negociações com a Alemanha, França e Reino Unido, assim como a União Europeia.
Jean-Noel Barrot, ministro das Relações Exteriores da França, endossou o ponto. Segundo ele, Araghchi "manifestou sua disposição de continuar as discussões sobre o programa nuclear e sobre todas as questões", e que pediu uma "solução negociada para o conflito" no Oriente Médio.
"A escalada regional não beneficia ninguém e é por isso que devemos manter as negociações abertas", reiterou Kaja Kallas, representante da União Europeia para Política Externa.
O chanceler britânico David Lammy também garantiu que os europeus foram claros com o ponto de que Teerã "não pode ter armas nucleares". Além disso, ele indicou que o Irã continue as negociações com os Estados Unidos, no que diz respeito à questão nuclear.
Trump na contramão
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, questionou a eficácia das ações dos europeus. "Estamos conversando com o Irã. "Ele não quer conversar com a Europa, e é improvável que os europeus consigam ajudar a acabar com a guerra entre Irã e Israel", afirmou o republicano à imprensa.
Segundo Trump, o Irã estava “a semanas ou meses de conseguir uma bomba atômica”. Além disso, o político garantiu que o envio de tropas terrestres ao Oriente Médio é a sua última opção.
*Com informações de Ansa
