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Inquérito de impeachment de Trump representa risco para democratas em 2020

25 set 2019 - 09h58

Quase todos os vários pré-candidatos presidenciais democratas dos Estados Unidos elogiaram a decisão da Câmara dos Deputados de iniciar um inquérito formal de impeachment do presidente Donald Trump devido a acusações de que ele buscou ajuda estrangeira para difamar um adversário político.

Former U.S. Vice President and Democratic presidential hopeful Joe Biden makes a statement during an event in Wilmington, Delaware, U.S., September 24, 2019.  REUTERS/Bastiaan Slabbers
Former U.S. Vice President and Democratic presidential hopeful Joe Biden makes a statement during an event in Wilmington, Delaware, U.S., September 24, 2019. REUTERS/Bastiaan Slabbers
Foto: Reuters

Agora vem a parte difícil: uma vez que o impeachment deve ofuscar a primária presidencial democrata, como os pré-candidatos chamarão atenção para seus principais tópicos de campanha, que vão de um sistema de saúde universal à disparidade de renda?

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Depois de meses resistindo à pressão de seus colegas democratas, a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, anunciou o início de um inquérito formal de impeachment na terça-feira, acusando Trump, do Partido Republicano, de pedir ajuda estrangeira para prejudicar Joe Biden, o favorito entre os pré-candidatos presidenciais democratas, antes da eleição de 2020.

Em um telefonema de 25 de julho, Trump pressionou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, a investigar Biden e seu filho, Hunter, que trabalhou para uma empresa que faz prospecção de gás na Ucrânia.

O inquérito de impeachment desencadeia uma luta partidária no Congresso e na campanha presidencial nos próximos meses.

"De um lado, toda essa questão ajuda Biden, porque faz com que o presidente pareça ter medo de Biden", disse Kyle Kondik, analista político da Universidade da Virgínia. "Mas o presidente tem uma grande capacidade de arrastar as pessoas para a lama com ele, e você se pergunta se isso pode acontecer com Biden."

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Kurt Meyer, presidente do Partido Democrata em três condados rurais do Iowa ao norte de Des Moines, a cidade mais populosa do Estado, disse acreditar que o inquérito de impeachment revigorará a base democrata.

"Se uma pessoa altamente motivada arrasta a mãe, o marido e o primo de segundo grau às urnas, isso faz diferença", disse Meyer.

Mas como um sinal de que a investigação também pode revigorar a base de Trump, sua campanha de reeleição arrecadou 250 mil dólares em meros 15 minutos na terça-feira logo após o anúncio de Pelosi sobre o inquérito.

Trump não demorou para se retratar como uma vítima de ataques partidários dos democratas, e ainda na terça-feira sua campanha enviou diversos pedidos de arrecadação aos seus apoiadores em reação à investida do impeachment.

Também existe o risco de quaisquer conversas substantivas sobre propostas entre os 19 democratas que disputam a indicação do partido para enfrentar Trump na eleição de 2020 serem ofuscadas na batalha crescente entre aliados e inimigos de Trump, segundo vários estrategistas e especialistas democratas.

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"Trump é o elefante na sala, mas os debates democratas até agora se concentraram em propostas. Acho que agora o impeachment assume o palco principal", disse Erin O'Brien, professora associada de ciência política da Universidade de Massachusetts de Boston.

O estrategista republicano Doug Heye concordou que "o impeachment será o tópico dominante durante muito tempo".

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