Guaidó convoca novos protestos contra governo Maduro

Rússia disse estar pronta para liderar mediação da crise

30 jan 2019 - 11h53
(atualizado às 12h19)

O autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, convocou novas manifestações para esta quarta-feira (30) contra o governo de Nicolás Maduro.

Guaidó convoca novos protestos contra governo Maduro
Guaidó convoca novos protestos contra governo Maduro
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

    Em publicação no Twitter, o líder da Assembleia Nacional do país afirma que os atos serão pacíficos e têm o objetivo de exigir que as forças de seguranças fiquem ao lado do povo de forma que autorizem a entrada da ajuda humanitária no território venezuelano. "A união de nossas vozes na rua é a chave para continuar avançando na rota que estabelecemos para nós: fim da usurpação, governo de transição e eleições livres", escreveu.

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    Durante o ato também estão previstas a entrega de panfletos com uma cópia de uma lei que oferece garantias a civis e militares que não apoiarem o líder chavista. Além disso, outra manifestação foi agendada para o próximo sábado (2), mas ainda nenhuma informação foi divulgada. No entanto, Maduro disse hoje (30) que está pronto a dialogar com a oposição e abriu a possibilidade de mediação de outros países. Segundo ele, há diversos "governos e organizações no mundo que demonstraram sua sincera preocupação e exortaram ao diálogo", como o Uruguai, México, Bolívia, Vaticano e Rússia.

    O ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, por sua vez, confirmou o interesse de seu país de participar de "formatos internacionais" de mediação para tentar resolver a atual crise no país sul-americano. De acordo com o chanceler, qualquer iniciativa para o diálogo deveria "ser imparcial", além de contar com "uma ampla categoria de atores internacionais que têm tanta influência sobre o governo e sobre a oposição".

    Mas, em entrevista coletiva, o porta-voz presidencial, Dmitry Peskov, disse que, até o momento, não recebeu nenhuma proposta concreta de Maduro. O governo italiano também se pronunciou sobre a crise venezuelana. Para o primeiro-ministro, Giuseppe Conte, "quando há tal crise, não achamos oportuno nos apressarmos em dar investimentos, que, em qualquer caso, não passaram por um processo eleitoral".

    "Acreditamos que neste estágio a comunidade internacional deve pressionar por eleições livres e democráticas", finalizou o premier da Itália. EUA Ontem (29), o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, se reuniu com o principal representante em Washington de Guaidó, Carlos Vecchio, para debater a crise na Venezuela, na tentativa de "restaurar a democracia" no país "através de eleições livres".

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    O encontro, revelado por Pence em sua conta no Twitter, também contou com a presença do ex-prefeito venezuelano David Smolansky, Julio Borges, nomeado delegado ante o Grupo de Lima, além de Elliot Abrams, novo enviado do secretário de Estado, Mike Pompeo, para Venezuela. Horas depois do término da reunião, Vecchio revelou que debateu com o vice de Donald Trump sobre o envio de ajuda humanitária para a Venezuela. "Eu confio no nosso povo e nas forças armadas, em que quando esses medicamentos e alimentos cheguem ao povo que está necessitando. Nossos militares vão facilitar a entrada disso", ressaltou.

  
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