Grupo indígena levará luta contra mina de cobre no Arizona à Suprema Corte dos EUA

14 mai 2024 - 19h12

Um grupo de indígenas norte-americanos disse nesta terça-feira que levará sua luta contra a proposta da Rio Tinto para construir uma mina de cobre à Suprema Corte dos Estados Unidos, após um tribunal de apelações federal se recusar a considerar se o governo dos EUA transferiu terras indevidamente para a mineradora. 

O grupo afirmou que pedirá que a Suprema Corte se pronuncie, após o Tribunal de Apelações do 9º Circuito, com sede em San Francisco, rejeitar um pedido para que o tribunal reconsiderasse decisões anteriores que não bloquearam a concessão de terras para o projeto. O tribunal não deu uma explicação para a sua decisão. 

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O projeto Resolution Copper, uma parceria entre a Rio Tinto e a BHP, forneceria mais de um quarto do cobre dos EUA, necessário para construir veículos elétricos, turbinas eólicas e painéis solares. Esses itens são fundamentais para os planos do governo federal para combater as mudanças climáticas. 

A Apache Stronghold, grupo sem fins lucrativos com membros do povo San Carlos Apache e outros, alega que a concessão de terras em uma floresta federal ao nordeste de Phoenix viola leis de proteção religiosa porque destruiria um local onde cerimônias indígenas são realizadas há várias gerações. 

Luke Goodrich, advogado da Apache Stronghold, disse que a Suprema Corte assumiu 25 casos de liberdade religiosa desde 2011 e decidiu a favor de argumentos de liberdade religiosa em 24 deles. 

Um porta-voz da Resolution Copper disse que o planejamento da mina foi desenvolvido em colaboração com vários níveis de governo, comunidades nativas e outros envolvidos. O porta-voz afirmou que continuará em contato com esses grupos daqui para frente.

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O governo dos EUA não respondeu a um pedido por comentários em um primeiro momento.

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