FDA afirma que Moderna não atendeu todos os critérios para dose de reforço

12 out 2021 - 15h11

Cientistas da agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA), disseram nesta terça-feira que a Moderna Inc não atendeu a todos os critérios da agência para apoio ao uso de doses de reforço de sua vacina para Covid-19, possivelmente pela eficácia das duas primeiras doses do imunizante ter permanecido forte. A equipe da FDA disse em documentos que os dados para a vacina da Moderna mostraram que um reforço aumenta os anticorpos protetores, mas a diferença nos níveis de anticorpos antes e depois da injeção não era grande o suficiente, particularmente naqueles cujos níveis permaneceram altos. Os documentos foram divulgados antes de uma reunião no final desta semana de consultores especialistas externos da FDA para discutir as doses de reforço da vacina. A FDA normalmente segue o conselho de seus especialistas, mas não é obrigado a fazê-lo. Um painel de consultores dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA se reunirá na próxima semana para discutir recomendações específicas sobre quem pode receber os reforços, se a FDA autorizar esse uso. "Houve impulso (à imunidade), com certeza. Foi impulso suficiente? Quem sabe? Não há uma quantidade padrão de reforço que se sabe ser necessária e não está claro quanto de aumento aconteceu no estudo", disse John Moore, professor de microbiologia e imunologia do Weill Cornell Medical College, em Nova York, em um e-mail. A Moderna está buscando autorização para uma dose de reforço de 50 microgramas, metade da força da vacina original, que é administrada em duas injeções com intervalo de quatro semanas.

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