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Reino Unido planeja possível intervenção militar na Síria

27 ago 2013 - 06h40
(atualizado às 07h54)

As forças armadas do Reino Unido preparam um "plano de contingência" para uma eventual ação militar na Síria em resposta ao suposto ataque químico perpetrado pelo regime do presidente Bashar al-Assad, segundo o governo britânico informou nesta terça-feira.

Um porta-voz do governo, sem dar mais detalhes, afirmou que o Reino Unido poderia adotar uma decisão antes da apresentação dos resultados da missão da ONU que inspeciona a área próxima a Damasco onde ocorreu o suposto ataque com armas químicas na última quarta-feira.

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"Nenhuma decisão foi adotada ainda. Continuamos estudando com nossos parceiros internacionais qual deveria ser a resposta adequada mas, como parte disto, estamos preparando planos de contingência para as forças armadas", explicou a fonte oficial.

O porta-voz afirmou que o primeiro-ministro, David Cameron, continuará mantendo conversas com outros líderes internacionais para chegar a um acordo para "uma resposta proporcional" frente ao conflito. Em todo caso, qualquer resposta que Londres adotar "se ajustará à legislação internacional", garantiu. 

"Há evidências que virão da ONU e que estudaremos mas também há um processo paralelo que está sendo feito e que consiste em estudar as evidências que já temos, as evidências que os Estados Unidos e nossos parceiros internacionais já têm", disse o porta-voz do governo britânico.

O chefe do Executivo retorna hoje ao trabalho após encurtar suas férias de verão para coordenar a reação britânica frente ao conflito e anunciará ao longo do dia se convoca de maneira antecipada o Parlamento para debater a questão. "Faremos um anúncio mais tarde sobre se haverá ou não uma convocação adiantada para debater estes assuntos", afirmou o porta-voz do governo.

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Também está previsto que Cameron presida amanhã uma reunião com o Conselho de Segurança Nacional, que contará com a participação de ministros, responsáveis militares e membros dos serviços de inteligência.

O primeiro-ministro vem recebendo uma forte pressão de deputados de todos os partidos, que exigem que se consulte o Parlamento sobre qual será a resposta britânica diante do conflito.

O porta-voz oficial recusou comentar se um possível debate parlamentar sobre a Síria incluiria necessariamente a realização de uma votação dos deputados.

O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, admitiu nesta segunda-feira que é possível levar a cabo uma intervenção militar sem contar com o apoio unânime da ONU.

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