Europeus enfrentam dia de caos no trânsito em Londres, Berlim, Paris e Madrid nesta quarta-feira, em função de uma greve que reduziu a capacidade do transporte ferroviário a um terço da normal, além de um dos maiores protestos de taxistas contra o Uber, um serviço de táxi dos EUA, que permite que as pessoas chamem corridas pelo celular.
Em Paris, passageiros enfrentaram, esta manhã, engarrafamentos que chegam até as entradas da cidade, já que o protesto dos táxis retardou o tráfego nas principais artérias para o centro. Em Londres, até 12.000 taxistas pretendem bloquear ruas em torno de Trafalgar Square, esta tarde.
Os motoristas de táxi estão insatisfeitos com o que chamam de concorrência desleal dos aplicativos para celular que oferecem serviços de transporte e fazem protestos na Grã-Bretanha, Alemanha, Espanha e França. Os taxistas alegam que aplicativos como Uber e Chauffeur Prive são "inexperientes e não regulamentados". Durante uma greve no início deste ano, motoristas que oferecem transporte por meio dessas ferramentas tiveram seus veículos atacados, de acordo com a AP.
Na semana passada, a Uber foi avaliada em US$ 18,2 bilhões, apenas quatro anos após seu lançamento, em 2010, e apoiada por investidores como Goldman Sachs e Google. A empresa defende que seu aplicativo está em conformidade com as regulamentações locais e que estão sendo alvo por causa de seu sucesso na conquista de clientes.
Ao mesmo tempo, na França, trabalhadores ferroviários da empresa estatal SNCF deram início, na noite de terça-feira, a uma greve para mostrar insatisfação em relação ao projeto de reforma do setor ferroviário que começará a ser examinado pelo Parlamento na próxima semana.
A capacidade de transporte de trens franceses em linhas regionais e nacionais foi reduzida a um terço da normal, informou um operador da empresa SNCF. Apenas o Eurostar (trens que unem França à Inglaterra através do Canal da Mancha) e as linhas para a Alemanha funcionam normalmente, segundo a companhia.
Os trabalhadores ferroviários dizem que estão preocupados com planos de fusão da agência que opera a rede com a SNCF, responsável pelos trens. Eles também protestam contra planos de abrir as ferrovias para a concorrência.
Com informações da Reuters e AP.