Dez anos após ataques terroristas, Macron diz que o país 'fará tudo' para evitar novos atentados

O presidente francês, Emmanuel Macron, disse nesta quinta-feira (13) que a França se comprometerá a fazer "tudo para impedir qualquer novo ataque", dez anos após os atentados de 13 de novembro, que deixaram mais de 130 mortos e 350 feridos em Paris e em Saint-Denis, nos arredores da capital.

13 nov 2025 - 17h18
(atualizado às 17h33)

Durante a cerimônia de inauguração do jardim memorial em Paris, em homenagem às vítimas do 13 de novembro, Macron declarou, em um discurso, que fez tudo para "conter o jihadismo arquitetado pelos terroristas" que passaram pela Síria e que culminou na série de ataques em 2015.

"Mas ele renasce, sob outra forma, dentro do país, insidiosa, difícil de detectar e imprevisível", alertou, no fim do dia dedicado a homenagens e minutos de silêncio em cada um dos locais atingidos pelos ataques - bares e restaurantes, a casa de shows Bataclan e o Stade de France, onde ocorria um amistoso entre a França e a Alemanha.

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"Infelizmente, ninguém pode garantir o fim dos atentados, mas podemos garantir que, para aqueles que pegarem as armas contra a França, a resposta será implacável", enfatizou o presidente.

Em seu discurso, Macron descreveu longamente a dor "insensata, injusta, insuportável" das vítimas e de suas famílias.

"Não há nada de normal nessa dor latente, lancinante, que ressurgia toda vez que outro atentado atingia nosso território contra crianças, adultos, policiais, professores — de Nice a Estrasburgo, que foram novamente vítimas do terrorismo. E pensamos em todos esta noite, com o coração apertado", disse.

"Quando os terroristas querem atingir a democracia e a liberdade, é a França e Paris, antes de tudo, que eles escolhem como alvo", acrescentou.

'República resistiu'

Em uma mensagem ao ex-presidente francês François Hollande, o ex-premiê Manuel Valls e ex-ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, que estavam no poder no momento dos ataques, Macron disse que "a República resistiu" e "homens e mulheres resistiram, de maneira inabalável".

"Nesta década que passou, a Nação se fortaleceu", assegurou o chefe de Estado, enumerando as medidas antiterroristas tomadas nos últimos dez anos.

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"Eles queriam dividir, e estamos unidos. Queriam apagar, mas nos lembraram que nossas lutas são universais", declarou ainda.

O presidente da República anunciou que os policiais que intervieram na casa de shows Bataclan, onde 90 pessoas morreram nas mãos dos jihadistas, vão receber a Legião de Honra como testemunho do reconhecimento especial da Nação. O chefe de Estado, em seguida, observou um minuto de silêncio, segurando a mão da prefeita de Paris, Anne Hidalgo, assim como dos presidentes das associações de vítimas do 13 de novembro.

Com agências

A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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