Durante a cerimônia de inauguração do jardim memorial em Paris, em homenagem às vítimas do 13 de novembro, Macron declarou, em um discurso, que fez tudo para "conter o jihadismo arquitetado pelos terroristas" que passaram pela Síria e que culminou na série de ataques em 2015.
"Mas ele renasce, sob outra forma, dentro do país, insidiosa, difícil de detectar e imprevisível", alertou, no fim do dia dedicado a homenagens e minutos de silêncio em cada um dos locais atingidos pelos ataques - bares e restaurantes, a casa de shows Bataclan e o Stade de France, onde ocorria um amistoso entre a França e a Alemanha.
"Infelizmente, ninguém pode garantir o fim dos atentados, mas podemos garantir que, para aqueles que pegarem as armas contra a França, a resposta será implacável", enfatizou o presidente.
Em seu discurso, Macron descreveu longamente a dor "insensata, injusta, insuportável" das vítimas e de suas famílias.
"Não há nada de normal nessa dor latente, lancinante, que ressurgia toda vez que outro atentado atingia nosso território contra crianças, adultos, policiais, professores — de Nice a Estrasburgo, que foram novamente vítimas do terrorismo. E pensamos em todos esta noite, com o coração apertado", disse.
"Quando os terroristas querem atingir a democracia e a liberdade, é a França e Paris, antes de tudo, que eles escolhem como alvo", acrescentou.
'República resistiu'
Em uma mensagem ao ex-presidente francês François Hollande, o ex-premiê Manuel Valls e ex-ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, que estavam no poder no momento dos ataques, Macron disse que "a República resistiu" e "homens e mulheres resistiram, de maneira inabalável".
"Nesta década que passou, a Nação se fortaleceu", assegurou o chefe de Estado, enumerando as medidas antiterroristas tomadas nos últimos dez anos.
"Eles queriam dividir, e estamos unidos. Queriam apagar, mas nos lembraram que nossas lutas são universais", declarou ainda.
O presidente da República anunciou que os policiais que intervieram na casa de shows Bataclan, onde 90 pessoas morreram nas mãos dos jihadistas, vão receber a Legião de Honra como testemunho do reconhecimento especial da Nação. O chefe de Estado, em seguida, observou um minuto de silêncio, segurando a mão da prefeita de Paris, Anne Hidalgo, assim como dos presidentes das associações de vítimas do 13 de novembro.
Com agências