EUA divulgam vídeo do uso da poderosa bomba GBU-57 em operação no Irã, destacando sua capacidade única de destruir alvos subterrâneos reforçados.
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos divulgou, nesta quinta-feira, dia 26, um vídeo inédito dos testes com a bomba GBU-57 A/B Massive Ordnance Penetrator (MOP), armamento de alto impacto projetado para destruir estruturas subterrâneas reforçadas como bunkers. O equipamento foi usado no último fim de semana durante a Operação Midnight Hammer, quando bombardeiros norte-americanos atacaram alvos subterrâneos no Irã.
Ao todo, 14 bombas foram lançadas no Irã, marcando a primeira utilização real do armamento em um cenário de combate, conforme afirmou o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, em coletiva, no Pentágono.
As imagens divulgadas mostram o momento do lançamento do armamento, seguido por uma explosão subterrânea. É possível ver a profundidade da cratera formada após o impacto. "Nenhum outro país no mundo tem o armamento ou as capacidades que os Estados Unidos têm", afirma a legenda publicada com o vídeo oficial.
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A GBU-57 é uma bomba de grande porte, guiada por GPS, desenvolvida especificamente para atingir e neutralizar túneis e bunkers profundamente enterrados. Segundo a Força Aérea dos EUA, a parte externa é feita de uma liga de aço de alta performance, o que permite transportar uma grande carga explosiva sem comprometer a estrutura durante o impacto.
Devido ao seu tamanho e peso, cerca de 14 toneladas, o armamento só pode ser transportado por bombardeiros furtivos B-2 Spirit, cada um capaz de carregar duas unidades da MOP. Somente os EUA possuem a bomba e a aeronave.
O desenvolvimento da GBU-57 começou há cerca de duas décadas como um projeto experimental conduzido pela Agência de Redução de Ameaças da Defesa (DTRA, na sigla em inglês). A tecnologia evoluiu para um programa de resposta rápida da Força Aérea em 2009, quando a Boeing foi contratada para integrar o armamento às aeronaves. Em 2017, o sistema tornou-se oficialmente parte do arsenal militar norte-americano.
Ataque ao Irã
Israel definiu a usina de Fordow como um dos principais alvos, sob a alegação de que seria chave para destruir o programa nuclear iraniano. Com isso, contou com a ajuda dos EUA para alcançá-lo, visto que a usina é uma base subterrânea protegida a cerca de 90 metros abaixo do solo.
Segundo o chefe do Estado-Maior dos Estados Unidos, Dan Caine, os ataques dos EUA contra a usina miraram nos poços de ventilação. Pete Hegseth destacou que eles foram bem-sucedidas.
No entanto, o Pentágono produziu um relatório que aponta poucos danos às instalações nucleares, conforme a CNN.