O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, manteve nesta quarta-feira uma maratona de reuniões para avançar nas difíceis negociações orçamentárias com os republicanos e seguir conquistando apoio para que a reforma migratória aconteça este ano.
Obama visitou de manhã o Capitólio para se reunir com 230 congressistas republicanos durante mais de uma hora. Algumas testemunhas desse encontro a portas fechadas qualificaram a reunião de tensa mas útil para saber onde estão os maiores desencontros entre o presidente e a oposição.
Segundo a Casa Branca, Obama lembrou aos republicanos que "não é necessário estar de acordo em tudo para avançar nos desafios enfrentados pelo país", embora tenha reafirmado que um acordo orçamentário a longo prazo requer o aumento da receita fiscal.
Os republicanos, que ontem apresentaram um orçamento focado nos cortes, criticaram o presidente por repetir que sua intenção primordial no momento não é reduzir o déficit e sim manter a recuperação.
No entanto, Obama deixou as portas abertas para uma reforma dos programas sociais mais onerosos para os cofres do Estado, como pedem os republicanos, algo que pode ser primordial para que se feche um acordo orçamentário no Congresso para os próximos 10 anos.
Um dos republicanos presentes na reunião indicou ao jornal "The Hill" que o presidente não considera que uma crise de dívida seja iminente e dá o prazo de nove meses para obter um acordo fiscal e orçamentário bipartidário.
O presidente ouviu alguns pedidos para que promova uma reforma no sistema de saúde para aposentados, o Medicare, um programa do qual dependem 50 milhões de americanos e que a Casa Branca quer mudar o menos possível.
Obama também falou sobre a reforma migratória e lembrou aos republicanos que a importância da obtenção de um acordo é maior para os republicanos que para ele, que não voltará a disputar eleições.
O presidente, que ganhou as últimas eleições com o apoio majoritário da comunidade latina, reconheceu a importância de dar um caminho para a cidadania aos 11 milhões de imigrantes ilegais do país sem descuidar da segurança nas fronteiras.
Com o objetivo de seguir sua rodada de contatos, Obama também se reuniu com 15 empresários para transmitir a "importância de uma reforma migratória com bom senso".
