EUA deixaram de espionar Merkel após relatório interno, diz jornal

28 out 2013 - 08h47
(atualizado às 08h47)
Indícios apontam que os EUA teriam espionado o celular de Angela Merkel
Indícios apontam que os EUA teriam espionado o celular de Angela Merkel
Foto: Reuters

A Agência de Segurança Nacional (NSA) americana deixou de espionar as conversas da chanceler alemã Angela Merkel e de outros dirigentes quando a Casa Branca tomou conhecimento do programa por meio de um relatório interno, afirma o Wall Street Journal.

O presidente Barack Obama soube da vigilância eletrônica realizada pela NSA em um relatório solicitado em meados deste ano, completa o jornal, que cita como fontes autoridades do governo.

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Segundo o documento, a NSA monitorou as conversas telefônicas de 35 chefes de Estado ou líderes mundiais. O WSJ afirma que a Casa Branca encerrou os programas de escuta de várias autoridades internacionais, incluindo Merkel.

No domingo, a NSA desmentiu as informações da imprensa alemã de que Obama sabia desde 2010 que Merkel era vigiada.

O jornal alemão Bild am Sonntag, que citou fontes do serviço secreto americano, destacou que o diretor da NSA Keith Alexander havia informado Barack Obama sobre uma operação de espionagem das comunicações de Merkel em 2010. Ainda de acordo com a imprensa germânica, o programa pode ter começado em 2002.

Em um comunicado, a NSA desmentiu as versões.

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"O general Keith Alexander não falou com o presidente Obama sobre uma suposta operação de inteligência que envolvia a chanceler Merkel e jamais falou de alguma operação que a envolvesse. As versões da imprensa que dizem o contrário não são corretas", afirma a nota da NSA.

A edição dominical do Frankfurter Allgemeine informou, sem citar fontes, que Obama teria assegurado a Merkel por telefone que não estava a par da espionagem.

Segundo a revista Der Spiegel, o presidente americano teria afirmado que, se soubesse, teria encerrado o programa de maneira imediata.

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