Latinos de San Diego brigam nas ruas contra visita de Trump

27 mai 2016 - 23h00

A visita do virtual candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, a San Diego (Califórnia, EUA), gerou como se previa fortes e quase violentos protestos que levaram a três detenções.

Embora as manifestações tenham começado desde muito cedo nos arredores do Centro de Convenções de San Diego, só no final do discurso do empresário que a situação se tornou tensa entre seus correligionários e seus opositores, o que obrigou a Polícia de San Diego a declarar ato de "assembleia ilegal" e ordenar a evacuação da região.

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"Devido à violência e confrontos físicos dentro da multidão, oficiais estão se movimentando rumo à área", informou a Polícia de San Diego em sua conta no Twitter.

Embora vários manifestantes optaram por se afastar da região, outros ficaram lá, apesar de que a situação ameaçava sair do controle.

"É uma loucura, o que preocupa é que se (Trump) ganhar veremos isto sempre", comentou David Hernández, um manifestante que foi ao protesto em companhia de um grupo de amigos.

A anunciada visita do republicano foi resguardada por cerca de 18 agências policiais dos três níveis de governo, para evitar que os distúrbios se tornassem maiores.

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Um homem tentou subir a cerca que separava os manifestantes do Centro de Convenções onde o virtual candidato fazia seu discurso, e quando os policiais o impediram houve uma briga entre eles e os manifestantes, que acabou com a detenção de uma pessoa, segundo informou a chefe de Polícia, Shelley Zimmerman.

As mobilizações prévias ao discurso de Trump foram organizadas por organizações civis, principalmente grupos defensores dos direitos de imigrantes.

"É evidente que a comunidade fronteiriça está dando as boas-vindas como merece esta pessoa (Trump) que desde que iniciou sua campanha se dedicou a agredir a comunidade latina, migrante, mulheres, árabes", afirmou Christian Ramírez, diretor da Coalizão de Comunidades Fronteiriças, antes que os protestos se tornassem violentos.

O ativista destacou que a melhor arma da comunidade latina, além de erguer a voz, será comparecer às urnas primeiro às eleições primárias do dia 7 de junho na Califórnia e posteriormente no pleito geral de novembro.

"Devemos nos mobilizar não somente nas ruas, mas mais importante ainda nas urnas", afirmou.

"Se antes havia dúvida que o voto latino era importante, neste momento é fundamental que a comunidade vote para assegurar que iniciativas como as que está impulsionando este candidato não se transformem em uma realidade", acrescentou Ramírez.

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