Desinformação pode fazer pessoas rejeitarem vacinas contra Covid-19, diz estudo

12 nov 2020 - 11h42

Teorias conspiratórias e desinformação alimentam a desconfiança nas vacinas e poderiam deixar a inoculação com vacinas contra Covid-19 abaixo dos níveis necessários para proteger comunidades da doença nos Estados Unidos e no Reino Unido, revelou um estudo nesta quinta-feira.

Voluntário participa de estudo com vacina, na Universidade de Maryland, em Baltimore (EUA)
 24/5/2020   Pfizer/via REUTERS
Voluntário participa de estudo com vacina, na Universidade de Maryland, em Baltimore (EUA) 24/5/2020 Pfizer/via REUTERS
Foto: Reuters

O estudo com 8 mil pessoas nos dois países mostrou que menos pessoas "certamente" receberiam uma vacina contra Covid-19 do que os 55% da população que cientistas estimam ser preciso para proporcionar a chamada "imunidade de rebanho".

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"Vacinas só funcionam se as pessoas as tomam. A desinformação atua sobre os receios e incerteza existentes a respeito de novas vacinas (contra Covid), além das novas plataformas que estão sendo usadas para desenvolvê-las", disse Heidi Larson, professora da Escola de Higiene e de Medicina Tropical de Londres que coliderou a pesquisa.

"Isto ameaça minar os níveis de aceitação de vacinas contra Covid-19", acrescentou ela, que também é diretora da iniciativa internacional Vaccine Confidence Project.

O estudo chega no momento em que um dos maiores esforços de criação de vacinas mostrou resultados promissores nesta semana.

Na segunda-feira, a Pfizer Inc disse que sua vacina experimental contra Covid-19 tem eficácia de mais de 90% com base em dados provisórios de testes de estágio avançado. Os dados foram vistos como um passo crucial na luta para conter uma pandemia que já matou mais de 1 milhão de pessoas.

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