Comitê do Nobel da Paz explica 'não' a Trump em 2025

Comissão disse ter 'coragem e integridade' contra pressões

10 out 2025 - 07h56
(atualizado às 08h20)
Resumo
O Comitê do Nobel da Paz justificou a escolha de María Corina Machado em 2025, destacando independência e integridade frente a pressões, mesmo após mediação de Trump no cessar-fogo entre Israel e Hamas.
Donald Trump cogitou possível visita ao Brasil
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Foto: ANSA / Ansa - Brasil

O Comitê do Nobel da Paz, sediado em Oslo, na Noruega, explicou por que o prêmio deste ano não foi concedido ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tem feito campanha explícita para ganhar a honraria desde que voltou ao poder.

A pressão do americano e de seus aliados aumentou nos últimos dias, após o anúncio de um acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza, mediado pelo magnata republicano, que se vangloria por ter encerrado "oito guerras" desde que retornou à Casa Branca. Ainda assim, o Nobel da Paz foi entregue a María Corina Machado, líder da oposição na Venezuela.

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"Na longa história do prêmio Nobel, esse comitê já viu todo tipo de campanha, de atenção da imprensa. Recebemos milhares de cartas a cada ano de pessoas que dizem aquilo que, para elas, conduz à paz", declarou o presidente da comissão, Jorgen Watne Frydnes, ao ser questionado sobre o "não" a Trump em 2025.

"Esse comitê se senta em uma sala cheia de retratos de todos os laureados e é uma sala cheia de coragem e integridade. Dessa forma, baseamos nossas decisões apenas no trabalho e na vontade de Alfred Nobel [criador do prêmio]", acrescentou.

Apesar disso, a pressão deve continuar em vista do prêmio de 2026, quando terá havido tempo para avaliar se o acordo na Faixa de Gaza foi bem-sucedido. .

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