O Conselho Municipal da província de L'Aquila aprovou nesta quarta-feira (3) uma resolução que permite a concessão de moradia para refugiados provenientes da Venezuela. A medida faz parte dos projetos Complessi Antisismici Sostenibili e Ecocompatibili (C.a.s.e, Complexos Antissísmicos Sustentáveis e Eco-compatíveis), em Áquila, e Moduli Abitativi Provvisori (M.a.p, Módulos de Habitação Provisórios), em Abruzzo, criados depois do terremoto de 2009, que deixou 309 mortos, para habitar os sobreviventes.
"Nos primeiros meses de trabalho desta administração, a atenção para a crise na Venezuela foi superior e a Câmara Municipal também aprovou uma agenda sobre o assunto", afirmou o prefeito de L'Aquila, Pierluigi Biondi.
Segundo o assessor das Políticas Sociais, Francesco Cristiano Bignotti, "com uma resolução especial do Conselho foram disponibilizadas 10 habitações, entre C.a.s.e e Map, para os cidadãos ítalo-venezuelanos, principalmente para os que são de Abruzzos e fogem do país sul-americano para encontrar abrigo em nossa cidade".
A fundação "Abruzzo solidale" será responsável por destinar os alojamentos para os ítalo-venezuelanos que pedirem abrigo. Em nota, o prefeito e o assessor afirmaram que o ato representa "um importante passo de inclusão e solidariedade". "Não podemos permanecer indiferentes ao sofrimento daqueles que perderam tudo. A cidade acolhedora de L'Aquila é medida com os fatos, com ações como esta e outras que em breve serão implementadas".
Os dados da crise na Venezuela são assustadores. Estima-se que 32% da população consomem no máximo duas refeições por dia; 52% vivem em extrema pobreza; e mais de 11 mil crianças com menos de um ano morreram de causas relacionadas à falta de cuidados adequados.
