China restringe vistos a funcionários dos EUA por Tibete

Medida é resposta a uma decisão similar de Washington

8 jul 2020 - 08h22
(atualizado às 08h43)

A China anunciou nesta terça-feira (08) que irá restringir os vistos aos funcionários do governo dos Estados Unidos que se "comportaram mal" sobre a crise diplomática que envolve o Tibete.

Anúncio da China vem menos de 24 horas depois de restrições anunciadas pelos EUA
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Foto: EPA / Ansa - Brasil

Conforme o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, a medida é uma resposta a uma decisão similar anunciada por Washington nesta terça-feira (07). No anúncio, o secretário de Estado, Mike Pompeo, informou que também restringiria vistos aos funcionários chineses como uma forma de pressionar Pequim a liberar visitas de turistas e diplomatas dos EUA à região.

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"Os Estados Unidos buscam um tratamento justo, transparente e recíproco da República Popular da China para os nossos cidadãos", disse Pompeo em nota oficial.

Esse é mais um capítulo da tensão entre os dois países, que aumentou significativamente durante este ano tanto por conta da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) como pelo fato do presidente Donald Trump tentar sua reeleição.

- Diretor do FBI acusa China: Também nesta terça-feira, o diretor do FBI Christopher Wray usou seu discurso no Hudson Institute de Washington para atacar os chineses, segundo a mídia norte-americana.

"A China é a maior ameaça a longo prazo. A China está empenhada em um esforço de todo o Estado para se tornar a única superpotência do mundo com qualquer meio necessário", afirmou aos presentes.

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Wray se baseou na acusação citando os casos de interferências chinesas na campanha de espionagem econômica, furto de dados e corrupção para influenciar a política norte-americana. Conforme seu discurso, o FBI "abre um novo caso de contraespionagem chinesa a cada 10 horas".

"Dos cinco mil casos de contraespionagem ativos atualmente em todo o país, quase a metade deles é ligada à China", revelou ainda.

  
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