A China refutou na madrugada desta segunda-feira (8) as acusações do Japão de que um caça de suas Forças Armadas teria "travado" por duas vezes os radares em aeronaves militares de Tóquio sobre águas internacionais próximas a Okinawa, no sul japonês, chamando o país do Sol Nascente de "malicioso". O anúncio ocorre após o governo japonês ter convocado no domingo (7) o embaixador de Pequim para esclarecimentos.
Ontem, o ministro da Defesa do Japão, Shinjiro Koizumi, chamou o episódio ocorrido no sábado (6) de "perigoso e totalmente inaceitável", acrescentando que tais ações correm o risco de desencadear incidentes imprevistos no Mar da China Oriental.
Já o Ministério das Relações Exteriores chinês disse que "os fatos são muito claros": "são os caças japoneses que representam um maior risco para a segurança marítima e aérea" na região, já que os "exercícios militares normais" da China sofrem "frequentes interrupções" pelo país citado.
Pequim "não aceita o protesto japonês, rejeitando-o imediatamente", afirmou a pasta em nota, enfatizando que Tóquio "está fazendo acusações falsas contra a China para aumentar as tensões e enganar a comunidade internacional".
Ao mesmo tempo, o ministério do gigante asiático pediu ao Japão que "cesse imediatamente suas manobras perigosas que interrompem os exercícios e treinamentos militares normais da China e que ponha fim a toda desinformação irresponsável e manipulação política".
A tensão entre os dois países tem se elevado nas últimas semanas após a primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, declarar que irá apoiar Taiwan "em caso de emergência contra a China", a qual não reconhece a ilha como independente e reivindica seu território.