China e Rússia se unem ao Irã na rejeição de iniciativa europeia de restaurar sanções a Teerã

1 set 2025 - 12h16

China e Rússia, membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, apoiaram o Irã na segunda-feira, rejeitando uma iniciativa dos países europeus de reimpor as sanções da ONU a Teerã, aliviadas há uma década por meio de um acordo nuclear.

Uma carta assinada pelos ministros das Relações Exteriores de China, Rússia e Irã apontou que a iniciativa de Reino Unido, França e Alemanha de restaurar automaticamente as sanções sob o chamado "mecanismo snapback" é "juridicamente falha".

Publicidade

China e Rússia foram signatárias do acordo nuclear de 2015 do Irã com as potências mundiais, juntamente com os três países europeus, conhecidos como E3. O presidente dos EUA, Donald Trump, retirou os Estados Unidos do acordo em seu primeiro mandato em 2018.

Os europeus lançaram o "mecanismo snapback" na semana passada, acusando o Irã de violar o acordo, que proporcionou alívio das sanções financeiras internacionais em troca de restrições ao programa nuclear do Irã.

Carta publicada pelo ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, em uma postagem no X nesta segunda-feira, dizia que a medida tomada por Reino Unido, França e Alemanha "abusa da autoridade e das funções do Conselho de Segurança da ONU".

Há muito tempo, o Irã rompeu os limites de produção de urânio estabelecidos no acordo de 2015, argumentando que tem justificativa para fazê-lo como consequência da saída de Washington do pacto. O acordo expira em outubro deste ano, e o mecanismo de snapback permitiria que as sanções que foram suspensas sob ele entrassem em vigor novamente.

Publicidade

Irã e o E3 mantiveram conversações visando a um novo acordo nuclear depois que Israel e os EUA bombardearam as instalações nucleares do Irã em meados de junho. Mas o E3 considerou que as negociações em Genebra na semana passada não produziram sinais suficientes de prontidão para um novo acordo por parte do Irã.

"Nossa carta conjunta com meus pares, os ministros das Relações Exteriores da China e da Rússia, assinada em Tianjin, reflete a posição firme de que a tentativa europeia de invocar o snapback é juridicamente infundada e politicamente destrutiva", disse o ministro das Relações Exteriores do Irã em seu post no X.

Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se