Ativista sueca Greta Thunberg leva greve estudantil à entrada da ONU

30 ago 2019 - 17h48

A ativista adolescente sueca Greta Thunberg levou sua campanha semanal por melhores ações sobre as mudanças climáticas à entrada da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta sexta-feira, pedindo que "todos que se preocupam com nosso futuro" se juntem a ela quando líderes mundiais se reunirem em Nova York no mês que vem.

Ativista sueca Greta Thunberg participa de protesto em frente à ONU, em Nova York 
30/08/2019
REUTERS/Jeenah Moon
Ativista sueca Greta Thunberg participa de protesto em frente à ONU, em Nova York 30/08/2019 REUTERS/Jeenah Moon
Foto: Reuters

Thunberg, de 16 anos, começou a faltar às aulas nas sextas-feiras há um ano para protestar em frente ao Parlamento sueco, gerando um movimento grevista mundial sobre mudanças climáticas chamado de "Fridays for Future" (Sextas-feiras pelo Futuro). Ela se juntou nesta sexta-feira à nova-iorquina Alexandria Villasenor, de 14 anos, que iniciou um piquete em frente à ONU em dezembro.

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Alguns centenas de outros jovens manifestantes mostraram apoio com placas com dizeres como "Ajuda, minha casa está pegando fogo", "Se vocês não agirem como adultos, nós iremos" e "Ciência, não silêncio". Seus gritos incluíam "somos imparáveis, um mundo melhor é possível" e "os níveis dos oceanos estão crescendo e nós também".

Vestindo camisetas com "In Greta we trust" (Confiamos em Greta), as estudantes Bianca Pilcher, 11, e Lila Sabag, 10, disseram ter uma mensagem aos líderes mundiais: ajam agora.

"Não quero viver uma vida curta, quero viver uma vida longa e quero que meu mundo também seja saudável. Também quero experiências como ter filhos e netos, e que eles não digam 'para onde você me trouxe?'", disse Pilcher.

Sabag disse que deseja ajudar a salvar o planeta tentando "não usar muito dióxido de carbono ou combustíveis fósseis ou coisas como plásticos e outros". Em seguida, as duas garotas se juntaram para dizer: "Sempre reutilize."

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Thunberg fará um pronunciamento em uma cúpula climática em 23 de setembro, durante a reunião anual de líderes mundiais para a Assembleia-Geral da ONU. Ela chegou ao Porto de Nova York na quarta-feira, em um barco com zero emissão de carbono, completando uma jornada de quase 14 dias iniciada na Inglaterra.

Em uma declaração na chegada a Nova York, Thunberg disse: "Todos que se preocupam com nosso futuro devem se unir e fazer greves em 20 e 27 de setembro."

O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou que o mundo enfrenta uma emergência climática e desafiou os líderes a irem à ONU, que possui 193 membros, com planos concretos e realistas sobre como lidar melhor com a emergência.

"Precisamos absolutamente manter o aumento da temperatura em 1,5 grau Celsius até o final do século, nos tornarmos neutros em carbono até 2050 e gerar uma redução de 45% nas emissões até 2030", disse ele a repórteres na segunda-feira, na França.

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