A televisão estatal norte-coreana exibiu cenas de "dor indescritível" depois do anúncio da morte do líder Kim Jong-il, com pessoas tomadas pela histeria em sinal de luto.
Morre o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-il
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A morte do líder foi anunciada no canal estatal por uma locutora vestida de negro e que chorou abertamente ao dar a notícia, ao som de uma música solene.
Kim faleceu no sábado vítima de um ataque cardíaco, informaram a Pyongyang's Korean Central News Agency (KCNA) e o canal estatal, que ao mesmo tempo pediram à população união ao redor do filho mais novo do dirigente e aparente sucessor, Kim Jong-un.
Esta será a segunda sucessão na história da dinastia comunista da Coreia do Norte, depois que o fundador do país, Kim il-Sung, morreu em 1994, quando cenas similares de histeria foram vistas.
"Eles não tentam nem secar as lágrimas e tremem de dor e desespero provocados pela perda", afirma uma nota da agência estatal KCNA, segundo a qual a população de 24 milhões de habitantes se encontra tomada por uma "tristeza indescritível".
A TV estatal exibiu imagens de membros do Partido dos Trabalhadores chorando, batendo em mesas e soluçando. "Eu não posso acreditar. Como ele pode partir assim? O que nós devemos fazer?", questionou Kang Tae-Ho, visivelmente abalado.
Em Seul, o Daily NK, jornal on-line dirigido por desertores norte-coreanos, informou que Pyongyang mobilizou muitas tropas e aumentou os postos de segurança, fechou mercados a céu aberto e ordenou às pessoas que ficassem em casa.
"Há soldados armados nas ruas a cada quatro metros, militares e oficiais de segurança estão de prontidão em todos os lugares", afirmou uma fonte da cidade de Musan, nordeste do país.
A mesma fonte disse que as pessoas estavam com medo de não demonstrar uma tristeza suficiente no luto, com a recordação das punições decididas pouco depois da morte de Kim il-Sung há 17 anos.
A TV estatal exibia de maneira ininterrupta imagens das visitas de Kim Jong-il a bases militares, fábricas, lojas e outros estabelecimentos. Convocou a população a seguir o "espírito do grande general".
No centro de Pyongyang, crianças, trabalhadores e idosos se ajoelharam diante de fotos gigantescas de Kim Jong-Il e de estátuas de Kim Il-Sung, cuja presença é observada em toda a cidade.
"Como eu posso expressar a tristeza... eu não posso falar mais", afirmou um soldado em entrevista à chinesa CCTV, antes de começar a chorar, enquanto as pessoas ao redor cobriam os rostos.
O culto à personalidade já começou a ser transferido de Kim Jong-il para o filho mais novo, Kim Jong-un. "Sob a liderança do camarada Kim Jong-un, nós vamos transformar nossa tristeza em força e coragem, e supera as atuais dificuldades. Vamos trabalhar duro para a grande vitória da revolução de 'Juche' (autoconfiança)" declarou à KCNA Jong Il-guk, um militar de 43 anos.
Músicas, danças e outras atividades de entretenimento foram banidas até 29 de dezembro para o período de luto da Coreia do Norte, segundo o correspondente do jornal chinês Global Times.
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Foto sem data (liberada em 1992) mostra Kim Il-Sung, então líder do país, com seu filho e futuro líder, Kim Jong-Il
Foto: AFP
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Foto sem fata (liberada em 1992) mostra Jong-Il, então filho do líder Il-Sung e provável herdeiro da nação
Foto: AFP
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Foto liberada em 1992 mostra Kim Jong-Il, então futuro herdeiro da Coreia do Norte, em visita a uma mina do país
Foto: AFP
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Em 1980, o então líder norte-coreano, Kim Il-Sung, participa de celebração da Sexta Convenção do Partido dos Trabalhadores com seu filho Kim Jong-Il
Foto: AFP
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Em 1988, Kim Jong-Il, então nomeado Secretário Geral do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, saúda membros do exército do país
Foto: AFP
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Foto sem data mostra um pouco da rotina de Kim Jong-Il, trabalhando em seu escritório
Foto: AFP
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Imagem retirada de transmissão televisiva (não datada) mostra Kim Jong-Il mostrando documento pessoal em meio à mudança na liderança da Coreia do Norte, que passava de seu pai para ele
Foto: AFP
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Foto sem data mostra Kim Jong-Il (de pé, ao centro) com membros do Exército norte-coreano
Foto: AFP
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Retrato de 1991 mostra Kim Jong-Il (sentado, esq.) acompanhado por colegas do Partido dos Trabalhadores. De pé (2º à direita) está o chef japonês Kenji Fujimoto, que cozinhou para o líder durante 13 anos e escreveu um livro contando um pouco da rotina e dos gostos de Jong-Il
Foto: AFP
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Foto de 1981 mostra o líder norte-coreano (sentado à esquerda) com um de seus filhos, Jong-Nam (dir.). De pé (esq.) aparece sua chunhada Sung Hye-Rang, ao lado de sua filha, Lee Nam-Ok (centro), e de seu filho, Lee Il-Nam (dir.)
Foto: AFP
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Em 2000, a então Secretária de Estado dos Estados Unidos, Madeleine Albright, participa de encontro bilateral com Kim Jong-Il na casa oficial de Pae Kha Hawon, em Pyongyang. Madeleine era a mais alta funcionária do governo americano a visitar a Coreia do Norte em 50 anos
Foto: AFP
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Foto mostra o líder norte-coreano em seu carro após encontro com o então presidente russo, Vladimir Putin, em Vladivostok, na Rússia
Foto: AFP
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Foto de 2002, feita durante encontro com o então presidente russo, Vladimir Putin, mostra o salto alto de cerca de 10 cm usado por Kim Jong-Il para disfarçar sua baixa estatura
Foto: AFP
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Kim Jong-Il visita o novo prédio do Teatro Estatal, em Pyongyang. A foto foi liberada em outubro de 2010, mas não tem data
Foto: AFP
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Nesta foto não datada liberada pela agência oficial norte-coreana, Kim Jong-Il visita instalação de a fazenda Tongbong Co-Op, no condado de Hamju
Foto: AFP
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Kim Jong-Il prova chapéu de palha em visita a fábrica da província setentrional de Pyongan
Foto: AFP
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Nesta foto sem data liberada em junho de 2010, o líder norte-coreano inspeciona radiches em centro de treinamento para comandantes em um lugar desconhecido do país
Foto: AFP
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