Pyongyang exige que Seul permita visita de inspetores

22 mai 2010 - 05h20
(atualizado às 05h43)

Pyongyang exigiu que Seul aceite "incondicionalmente" a visita de uma equipe de inspeção norte-coreana para avaliar a investigação que concluiu que o regime comunista foi o responsável pelo ataque a um navio de guerra sul-coreano, que afundou após ser atingido por um torpedo, causando a morte de 46 tripulantes.

Seul expõe vestígios do naufrágio que deflagrou o embate com Pyongyang
Seul expõe vestígios do naufrágio que deflagrou o embate com Pyongyang
Foto: Reuters

Em declarações à agência de notícias norte-coreana KCNA divulgadas pela sul-coreana Yonhap, o Ministro das Forças Armadas Populares (Defesa), Kim Yong-chung, disse que Coreia do Sul deve aceitar "imediatamente" a oferta norte-coreana.

Publicidade

Pyongyang já tinha realizado esta oferta na quinta-feira, pouco depois de conhecer os resultados da investigação. Seul, no entanto, rejeitou na sexta-feira a reivindicação, e disse que os delegados deverão comparecer após pedido do grupo das Nações Unidas que investiga se o fato supõe uma violação do Armistício que marcou o fim da Guerra da Coreia em 1953.

Kim criticou a atitude da Coreia do Sul, e afirmou que Pyongyang enviou uma nova mensagem a Seul reivindicando de novo autorização para a entrada da delegação norte-coreana.

Na quinta-feira, a Coreia do Sul divulgou os resultados de uma investigação realizada por especialistas de cinco países, que garantem que há provas "arrasadoras" que foi um torpedo norte-coreano que afundou o navio Cheonan no último dia 26 de março.

O afundamento do navio, que no momento do incidente tinha 104 tripulantes (58 sobreviveram) foi uma das piores tragédias navais da Coreia do Sul.

Publicidade

O presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, disse que Seul responderá "com prudência" à "provocação militar" do Norte. Os Estados Unidos, principais aliados de segurança da Coreia do Sul, definiram o afundamento como "um ato de agressão" de Pyongyang e advertiram que haverá consequências.

O regime comunista norte-coreano, por sua vez, ameaçou com medidas "duras" caso haja sanções pelo fato, enquanto a China, seu único grande aliado, o qualificou como "um infeliz incidente" e recomendou o diálogo entre as partes.

  
Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se