Não há informações de brasileiros entre mortos, diz Itamaraty

11 mar 2011 - 10h03
(atualizado às 14h35)

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores não há informações de brasileiros mortos no terremoto que atingiu o Japão nesta sexta-feira, segundo reportou a Embaixada do Brasil em Tóquio ao Itamaraty. A chancelaria brasileira informa ainda que se trata de um primeiro informe, após o tremor de 8,9 pontos na escala Richter.

11 de março - Tsunami provocou redemoinhos perto de um porto em Oarai, no Estado de Ibaraki
11 de março - Tsunami provocou redemoinhos perto de um porto em Oarai, no Estado de Ibaraki
Foto: AP

Segundo a embaixada 350 mil brasileiros vivem no Japão, mas não estão concentrados nas regiões mais atingidas, que ficam no nordeste de Tóquio. "Os celulares estão funcionando com limitações e a telefonia fixa, em Tóquio, com alguma irregularidade", diz a nota divulgada no site da embaixada.

Publicidade

De acordo com o Itamaraty a embaixada brasileira em Tóquio não recebeu nenhum pedido de auxílio para brasileiros, mas isso não quer dizer que não hajam vítimas, por se tratarem de informações preliminares. O ministério orienta que a comunicação com a chancelaria em Tóquio seja feita por meio de correio eletrônico: comunidade@brasemb.org.jp.

O terremoto causou a morte de pelo menos 288 pessoas e outras 349 estão desaparecidas, segundo informações das agências de notícias japonesas.

O Consulado do Japão no Brasil informou que não recebeu pedidos de ajuda, nem de informação por parte de brasileiros com parentes naquele país. De acordo com a diplomacia japonesa, o número de brasileiros é menor nas regiões menos industrializadas como é o caso do nordeste do país, a mais atingida pelo tremor.

De acordo com o Instituto de Geofísica dos Estados Unidos (USGS), o tremor ocorreu às 14h46 (2h46 de Brasília). A agência de meteorologia japonesa, por sua vez, afirmou que o terremoto aconteceu a pouco mais de 100 km da costa nordeste da ilha de Honshu, e foi o mais violento a atingir o país.

Publicidade

O USGS, por sua vez, indicou que o tremor foi o sétimo pior da história mundial. A agência japonesa e o instituto americano, entretanto, divergem quanto à magnitude e profundidade do sismo: enquanto o USGS reportou um terremoto de magnitude 8,9 a 24,4 km de profundidade, a agência de meteorologia indicou magnitude 8,8 e cerca de 10 km de profundidade.

"Um terremoto desta magnitude tem o potencial de gerar um tsunami devastador, capaz de atingir a costa próxima em poucos minutos e regiões mais afastadas em questão de horas", indicou o USGS em um comunicado.

Na capital Tóquio, cerca de quatro milhões de pessoas estão sem eletricidade, e a zona portuária foi inundada. O governo faz o melhor que pode para coordenar as operações de resgate, "levando em consideração que o terremoto pode ter causado danos gigantescos", declarou à imprensa o porta-voz Yukio Edano.

O USGS alertou para o risco de novos tsunamis em quase todo o Oceano Pacífico, da Austrália à América do Sul e Central. O Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico, por sua vez, incluiu em seu alerta o estado americano do Havaí, Austrália, Nova Zelândia e toda a costa sul e centro-americana no Oceano Pacífico.

Publicidade

Com agências internacionais.

Fonte: Terra
Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações