Uma corrida contra o tempo teve início para resfriar os reatores da central nuclear de Fukushima, que sofreu graves danos após o terremoto e o tsunami da semana passada, anunciou o diretor geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano.
"É um acidente gravíssimo", declarou Amano após uma reunião com o primeiro-ministro nipônico, Naoto Kan. "É muito importante que a comunidade internacional, incluindo a AIEA, participe na questão de forma conjunta. O resfriamento é extremamente importante, acredito que se trata de uma corrida contra o tempo", explicou.
Ao desembarcar no Japão, Amano afirmou que a AIEA medirá o nível de radioatividade em Tóquio a partir desta sexta-feira para tranquilizar a população.
Terremoto e tsunami devastam Japão
Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.
Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 5,4 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Além disso, os prejuízos já passam dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.