Coreias chegam a acordo para diminuir tensões militares

24 ago 2015 - 17h23
(atualizado às 18h03)
Kim Jong-un, ditador da Coreia do Norte
Kim Jong-un, ditador da Coreia do Norte
Foto: EFE

As Coreias do Norte e do Sul chegaram nesta segunda-feira (terça-feira na data local) a um acordo para pôr fim a uma tensa crise militar após três dias de reuniões de alto nível, anunciaram os negociadores de Seul.

Segundo o acordo, Pyongyang se dispôs a lamentar seu ataque com minas ocorrido no último dia 4 que provocou uma troca de disparos de artilharia e prometeu fazer esforços para não recorrer a mais provocações, afirmou a jornalistas Kim Kwan-jin, diretor do Escritório de Segurança Nacional da Coreia do Sul.

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O governo de Seul, por sua vez, concordou em desligar às 12h locais desta terça (0h em Brasília) os alto-falantes que, na fronteira, divulgam propaganda contra o regime de Kim Jong-un.

Park Geun-Hye, presidente da Coreia do Sul
Foto: EFE

A Coreia do Sul começou a transmitir as propagandas no começo deste mês pela primeira vez em 11 anos, como represália pela colocação das minas terrestres.

O governo da Coreia do Norte pediu repetidamente que estas transmissões fossem interrompidas, por considerá-las um insulto a sua dignidade.

Altos representantes das duas Coreias chegaram ao acordo após negociarem desde o sábado de maneira praticamente ininterrupta na Aldeia da Trégua de Panmunjom, localizada na fronteira do paralelo 38.

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O principal representante de Seul nas negociações qualificou o gesto de Pyongyang de admitir os ataques como "muito significativo", segundo declarações coletadas pela agência local "Yonhap".

Até agora a Coreia do Norte tinha negado seu envolvimento no incidente das minas e alegava que não disparou projétil algum, acusando Seul de ter inventado os fatos.

Desde quinta-feira, a tensão entre as duas Coreias tinha alcançado um alto grau, e Pyongyang chegou a qualificar a situação como "quase estado de guerra".

  
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