Os aviões de combate da Coreia do Norte efetuaram nos últimos dias um número "sem precedente" de saída, em uma provável resposta às manobras militares conjuntas da Coreia do Sul e Estados Unidos no sul da península, onde a tensão é muito elevada, informa a imprensa de Seul.
O número de missões de voo "alcançou um nível sem precedente", afirmou uma fonte militar de Seul à agência sul-coreana Yonhap.
Os caças e helicópteros militares efetuaram 700 voos na segunda-feira, primeiro dia das manobras conjuntas no sul, segundo a fonte, que pediu anonimato.
O ministério sul-coreano da Defesa se negou a confirmar as informações, mas repetiu que Pyongyang executava exercícios antes de iniciar manobras em todo o território norte-coreano.
As manobras Seul-Washington são em sua maioria virtuais, mas mobilizam milhares de soldados (10.000 sul-coreanos e 3.500 americanos). O governo dos Estados Unidos, aliado de Seul, mantém 28.500 soldados no sul da península.
O governo sul-coreano informou nesta quarta-feira que o telefone vermelho entre os exércitos das duas Coreias continua funcionando.
Nos últimos dias, a Coreia do Norte ameaçou com uma "guerra termonuclear", advertiu o governo dos Estados Unidos sobre o risco de um "ataque nuclear preventivo" e, na segunda-feira, denunciou o armistício que acabou com a Guerra da Coreia em 1953.