Após votação da ONU, Netanyahu pede expulsão do Hamas da região

18 nov 2025 - 08h52

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu na terça-feira que o Hamas seja expulso da região, um dia depois que o Conselho de Segurança da ONU endossou o plano do presidente Donald Trump para acabar com a guerra que oferece anistia ao grupo militante palestino.

Netanyahu apoiou publicamente o plano durante uma visita à Casa Branca no final de setembro. Entretanto, seus últimos comentários parecem mostrar que há diferenças com os Estados Unidos sobre o caminho a seguir. O Hamas também se opôs a partes do plano.

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Os diplomatas dizem em particular que as posições arraigadas tanto do lado israelense quanto do lado do Hamas dificultam o avanço do plano, que não possui cronogramas específicos ou mecanismos de aplicação. Ainda assim, ele recebeu um forte apoio internacional.

Netanyahu publicou na terça-feira uma série de comentários no X em resposta à votação da ONU. Em uma das publicações, ele aplaudiu Trump e, em outra, escreveu que o governo israelense acredita que o plano levará à paz e à prosperidade porque exige a "desmilitarização total, o desarmamento e a desradicalização de Gaza".

"Israel estende sua mão em paz e prosperidade a todos os nossos vizinhos" e pede aos países vizinhos que "se juntem a nós para expulsar o Hamas e seus apoiadores da região", disse ele.

Perguntado sobre o que o primeiro-ministro quis dizer com expulsar o Hamas, um porta-voz afirmou que isso significaria "garantir que não haja Hamas em Gaza, conforme descrito no plano de 20 pontos, e que o Hamas não tenha capacidade de governar o povo palestino dentro da Faixa de Gaza".

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O plano de 20 pontos de Trump inclui uma cláusula que diz que os membros do Hamas "que se comprometerem com a coexistência pacífica e a desativar suas armas receberão anistia" e os membros que desejarem sair terão passagem segura para outros países.

Outra cláusula afirma que o Hamas concordará em não ter nenhum papel na governança de Gaza. Não há nenhuma cláusula que exija explicitamente que o grupo militante islâmico se dissolva ou deixe Gaza.

O plano diz que reformas na Autoridade Palestina, sediada na Cisjordânia, podem, em última instância, permitir condições "para um caminho confiável para a autodeterminação palestina e a formação de um Estado".

Antes da votação na ONU, Netanyahu disse no domingo que Israel continua a se opor à criação de um Estado palestino, depois dos protestos dos aliados de coalizão de extrema-direita sobre uma declaração apoiada pelos EUA que indicava apoio a um caminho para a independência da Palestina.

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Netanyahu também se opõe a qualquer envolvimento da Autoridade Palestina em Gaza.

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