Com Macri, Bolsonaro diz temer "novas Venezuelas" na região

Ao lado de presidente argentino, ele pediu "mais razão e menos emoção" aos argentinos nas eleições presidenciais deste ano

6 jun 2019 - 13h57
(atualizado às 14h38)

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira, em Buenos Aires, que há uma preocupação na América do Sul com a possibilidade de surgirem "novas Venezuelas" na região. Ao lado de presidente argentino, Mauricio Macri, ele pediu "mais razão e menos emoção" aos argentinos nas eleições presidenciais deste ano no país.

Presidentes Mauricio Macri, da Argentina, e Jair Bolsonaro se cumprimentam em Buenos Aires
06/06/2019
REUTERS/Agustin Marcarian
Presidentes Mauricio Macri, da Argentina, e Jair Bolsonaro se cumprimentam em Buenos Aires 06/06/2019 REUTERS/Agustin Marcarian
Foto: Reuters

"Eu acho que toda a América do Sul está preocupada que não tenhamos novas Venezuelas na região. Devemos nos preocupar e tomar decisões concretas neste sentido", disse Bolsonaro em declaração conjunta ao lado de Macri, que tentará a reeleição no pleito de outubro, quando terá como principal adversário Alberto Fernández, ex-chefe de gabinete da Presidência e que tem como candidata a vice a ex-presidente argentina Cristina Kirchner.

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Bolsonaro já se manifestou publicamente contrário à volta de Cristina ao poder, afirmando que isso seria um retrocesso e que poderia transformar a Argentina em uma nova Venezuela, país que vive uma crise econômica, social e política sob comando de Nicolás Maduro.

"Conclamo ao povo argentino que Deus abençoe a todos eles, porque terão pela frente agora, mês de outubro, eleições. E todos têm que ter --assim como no Brasil grande parte teve-- muita responsabilidade, muita razão e menos emoção para decidir o futuro desse país maravilhoso que é a Argentina", disse Bolsonaro.

"Que Deus abençoe o povo argentino para esse momento que se aproxima, para que possa escolher o melhor, porque dessa forma teremos paz, teremos prosperidade e alegria entre os nossos povos", acrescentou.

Ele também disse que o Mercosul - formado além de Brasil e Argentina por Uruguai e Paraguai - está "na iminência" de assinar um acordo comercial com a União Europeia, e elogiou o esforço de Macri nas negociações.

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