Centenas de familiares das vítimas do atentado de 1994 a um centro judaico em Buenos Aires protestam na noite desta quarta-feira em frente ao Congresso da Argentina. Desde o meio dia, os senadores discutem o projeto de lei enviado pela presidente Cristina Kirchner que propõe criar uma comissão da verdade em conjunto com o Irã para investigar o ataque. O ato contrário à proposta do governo reuniu milhares de pessoas.
A proposta já passou pela Câmara dos Deputados e, segundo o jornal La Nación, o líder do governo no Senado, Agustín Rossi, afirmou que já tem maioria para a aprovação. Do lado de fora da casa legislativa, milhares de pessoas contrárias ao acordo com o Irã dizem que isso significaria colocar um “ponto final” no caso. As famílias e os manifestantes exigem justiça e querem uma investigação sobre as conexões locais.
O ataque, conhecido como “atentado na AMIA” (Associação Mutual Israelita Argentina), matou 85 pessoas e feriu 300 em 18 de julho de 1994. Até hoje, o caso não foi explicado e ninguém foi preso. A Argentina suspeita que o ataque tenha sido promovido pelo grupo libanês Hezbollah com apoio do Irã. Por isso, em 2007, autoridades argentinas conseguiram mandados de prisão da Interpol contra cinco iranianos e um libanês acusados pelo atentado.
Com informações dos jornais La Nación e Clarín.