Egito aumenta presença em Sinai diante de possível ação para libertar reféns

20 mai 2013 - 09h58
(atualizado às 10h41)

O governo do Egito enviou reforços policiais e militares ao norte da Península do Sinai diante da possibilidade de uma ofensiva para libertar os sete soldados das forças da ordem sequestrados na quinta-feira passada.

Fontes militares informaram à Efe que um número indeterminado de helicópteros e veículos blindados foi enviado para a região, entre outros reforços, enquanto a agência estatal de notícias "Mena" destacou o envio de 80 grupos de combate das forças da Segurança Central e outros 26 blindados.

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Para a cidade de Al Arish, capital da província do Sinai do Norte, chegaram reforços militares compostos por SUVs, lança-foguetes e outros veículos, armas e munição, divulgou o site da TV estatal.

Os reforços militares e policiais foram enviados paralelamente aos contatos entre os sequestradores e os chefes tribais da zona.

Uma fonte de segurança negou à "Mena" que tenham recebido até o momento nenhuma instrução para lançar uma operação para libertar os capturados.

Por outro lado, um porta-voz do Ministério da Defesa egípcio declarou hoje aos jornalistas que o exército não se guiará pelas reivindicações dos sequestradores e que a libertação dos reféns deve ser "incondicional".

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O próprio presidente egípcio, Mohammed Mursi, declarou ontem à noite em uma reunião com dirigentes políticos que não aceitará o "diálogo com os criminosos".

Mursi insistiu que não há divergências entre a presidência do país e outros órgãos do Estado sobre o assunto dos reféns, e que está se organizando com os ministérios de Defesa e do Interior.

A tensão aumentou no Sinai depois que na quinta-feira passada sete policiais e soldados egípcios foram capturados perto da passagem de Rafah, na fronteira com a Faixa de Gaza.

Nesta madrugada, um grupo de homens armados atacou um acampamento de forças de segurança egípcias no Sinai, mas ninguém foi ferido.

Em protesto contra o sequestro de seus colegas, os policiais do norte do Sinai decidiram hoje começar uma greve e se unir aos manifestantes diante de Rafah, na fronteira com Gaza, até que os sete reféns sejam libertados.

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Fontes policiais destacaram que centenas de manifestantes permanecem em vigília no local, entre os quais estão familiares dos sequestrados.

  
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