A Asics vive um bom momento no mercado. Com vendas líquidas 17,7% maiores globalmente em 2023, a marca japonesa colhe frutos de collabs bem pensadas, principalmente no Brasil, em que parcerias com a Pace e Carnan fizeram ela ganhar muito espaço no coração dos sneakerheads. Para 2024, ano olímpico, a brand prepara novos caminhos, incluindo a entrada no País no disputado e apaixonado segmento de skate.
O Japão e o skate andam muito juntos. O esporte é muito praticado por lá, assim como aqui. Essa sinergia vai ser aproveitada pela marca no Brasil com a chegada de alguns modelos, em especial, o Gel-Flexkee 2.0 Pro, o topo de linha que será vendido nas lojas da Matriz Skateshop, em São Paulo, em meados de junho, por R$ 999. O Gel-Splyte será sua companhia no lançamento inicial por R$ 899.
O Brasil será um dos primeiros quatro mercados a receber os tênis de skate da marca, o único da América Latina. "O plano era lançar só no ano que vem, mas a gente fez uma apresentação no Japão, mostrou o que é a cultura de skate no Brasil e a sua importância, e resolvemos antecipar o lançamento por causa das Olimpíadas", afirma Daniel Costa, diretor de produtos e inovação da Asics na América Latina.
Outros modelos como o Japan S Pro e o Gel-Vikka Pro também virão para o País, mas de forma gradual e sem pressa. Segundo Costa, a entrada da Asics neste segmento vai ser pequena e bem assertiva, visando o consumidor core. "Vamos usar uma linguagem bem anos 90, meio grunge, que remete à tradição do skate e da marca."
Estrutura de primeiro mundo
O espaço escolhido para a Asics fazer seu Brand Day foi o Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, na Rodovia Imigrantes em São Paulo. A decisão, de motivo comercial, também tem muito de emocional. Além dos tênis inéditos por aqui, a marca apresentou os novos uniformes do Brasil para as Paralimpíadas de Paris 2024.
A coleção foi desenvolvida junto aos atletas, incluindo especificidades funcionais para que eles possam colocar e tirar o uniforme com autonomia e rapidez. As peças incluem tênis, jaqueta de pódio, moletom, camisetas, camisa polo, regata, bermuda, calça, legging, mochila, meia, manguito e boné.
As roupas têm detalhes de acessibilidade como alça nos puxadores das mochilas, zíperes na lateral das calças próximas ao tornozelo para atletas com prótese e etiquetas internas em Braille, destacando as cores. Os uniformes terão venda geral para o público e o comitê também receberá royalties pelas peças. "A Asics é uma empresa caregiver, então apoiar o CPB tem a ver com a história da marca. Não é algo que apenas colocamos nossa logo, é uma missão e uma colaboração de verdade", afirma Costa.
