URGENTE
Saiba como doar qualquer valor para o PIX oficial do Rio Grande do Sul
Patrocínio

Polícia cumpre ordem de reintegração de posse na reitoria da USP

Não houve conflito entre a Tropa de Choque e estudantes; dois foram detidos

12 nov 2013 - 06h21
(atualizado em 11/12/2013 às 12h23)

A Tropa de Choque da Polícia Militar cumpriu na madrugada desta terça-feira a reintegração de posse da reitoria da Universidade de São Paulo (USP), cumprindo decisão determinada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo na semana passada. A ação da PM foi realizada de forma pacífica e, conforme havia antecipado o Diretório Central dos Estudantes (DCE), não houve resistência dos alunos à chegada da polícia. Apesar de não terem sido registrados confrontos, dois estudantes que permaneceram no local foram detidos, segundo a assessoria de imprensa da USP.

A operação para devolver a posse da reitoria à USP teve início por volta das 5h30. Cerca de 50 policiais da Tropa de Choque participaram da operação, que durou aproximadamente 40 minutos. Ao perceberem a chegada da PM, estudantes no campus da Cidade Universitária alertaram colegas que ocupavam o prédio com o uso de fogos de artifício. A maior parte dos alunos que continuava ali deixou o local, mas duas pessoas foram encaminhadas ao 93° Distrito Policial de São Paulo. Responsável pela ação, o 2º Batalhão de Choque de São Paulo foi procurado pelo Terra, mas não comentou o caso.

Publicidade

A chegada da Polícia Militar abriu caminho para a realização de perícia no prédio da reitoria, ocupado desde o dia 1º de outubro por estudantes que exigem, entre outras demandas, as eleições diretas para reitor. Desde o início da manhã a Polícia Civil realiza a perícia, e logo após será liberada a entrada de funcionários. Uma avaliação preliminar registrou danos ao patrimônio público, depredação e a suspeita de furto de equipamentos, de acordo com a USP.

Invasão à reitoria da USP

A ocupação da reitoria da Universidade de São Paulo foi feita no dia 1º de outubro como forma de protesto pelo modelo de escolha do reitor e vice-reitor da universidade. Um dos pontos mais criticados por alunos e funcionários é a lista tríplice, sistema pelo qual os nomes dos três candidatos mais votados são enviados ao governador do Estado, que decide quem será o reitor. Os alunos também cobram paridade entre eleitores na escolha do reitor. Atualmente, o pleito ocorre por meio de colégios eleitorais – representados majoritariamente por professores titulares.

Os estudantes criticam ainda a presença da Polícia Militar dentro do campus da universidade e exigem que a segurança dos alunos seja feita por uma guarda comunitária. Eles também decretaram greve, em decisão que contou com o apoio de funcionários da universidade por meio do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp).

Publicidade

Após a USP entrar com um pedido de reintegração de posse do prédio, a Justiça determinou a realização de uma audiência de conciliação entre alunos, funcionários, professores e representantes da universidade. Como não houve acordo, foi estabelecido em 15 de outubro um prazo de 60 dias para que a reitoria e os manifestantes estabelecessem diálogo. A USP solicitou a antecipação desse prazo, e no dia 4 de novembro o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu pela reintegração de posse imediata da reitoria. Em assembleia, os alunos decidiram permanecer no prédio. A Tropa de Choque da Polícia Militar cumpriu na madrugada de 12 de novembro a reintegração de posse da reitoria.

Fonte: Terra
Fique por dentro de vestibulares, Enem e dicas para a sua carreira!
Ativar notificações