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USP: assembleia de alunos adia decisão sobre desocupação da reitoria

7 nov 2013 - 22h41
(atualizado em 8/11/2013 às 01h29)
Os estudantes, que pedem eleições diretas para reitor, ocupam o prédio há mais de um mês e estão negociando com uma comissão formada por cinco professores da universidade
Os estudantes, que pedem eleições diretas para reitor, ocupam o prédio há mais de um mês e estão negociando com uma comissão formada por cinco professores da universidade
Foto: Vagner Magalhães / Terra

Em assembleia na noite desta quinta-feira, alunos da Universidade de São Paulo (USP) decidiram adiar para semana que vem a votação que vai discutir a desocupação da reitoria da instituição. Os estudantes, que pedem eleições diretas para reitor, ocupam o prédio há mais de um mês e estão negociando com uma comissão formada por cinco professores da universidade. Na noite de hoje, 269 alunos optaram por não discutir a desocupação por enquanto, enquanto 234 queriam que a pauta fosse votada.

Assim, nova assembleia para discutir a desocupação deve ser convocada para quarta-feira ou quinta-feira. A reunião de hoje registrou a presença de menos estudantes do que a assembleia de ontem, na qual mais de 1,3 mil estudantes compareceram para votar pela continuidade ou não da ocupação. Ao todo, 747 se manifestaram favoráveis à continuação do movimento.

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O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou no início da semana a reintegração de posse do campus da Cidade Universitária, no bairro do Butantã, na zona oeste de São Paulo. Com isso, a reitoria da USP pode acionar a polícia para que a qualquer momento a reintegração de posse seja concluída. Pelo menos 500 alunos participam da ocupação desde 1º de outubro, segundo integrantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE).

Ocupação na reitoria

A ocupação da reitoria da Universidade de São Paulo foi feita no dia 1º de outubro como forma de protesto pelo modelo de escolha do reitor da universidade. Um dos pontos mais criticados por alunos e funcionários é a lista tríplice, sistema pelo qual os nomes dos três candidatos mais votados são enviados ao governador do Estado, que decide quem será o reitor. Os alunos também cobram paridade entre eleitores na escolha do reitor. Atualmente, o pleito ocorre por meio de colégios eleitorais - representados majoritariamente por professores titulares.

Eles ainda criticam a presença da Polícia Militar dentro do campus da universidade e exigem que a segurança dos alunos seja feita por uma guarda comunitária.

Após a USP entrar com um pedido de reintegração de posse do prédio, a Justiça determinou a realização de uma audiência de conciliação entre alunos, funcionários, professores e representantes da universidade na semana passada. Como não houve acordo, foi estabelecido um prazo de 60 dias para que a reitoria e os manifestantes estabeleçam o diálogo.

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Fonte: Terra
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