Realizado em 30 de agosto de 2025, na Pocket House – Villa Lobos, o “Agora Vai”, da EF (Education First), juntou adolescentes, famílias e especialistas para discutir desafios e ganhos do intercâmbio na adolescência. Participaram Giulia Benite, Bárbara Cruz, Fabiana Landim e Marianna Santos. Entre os temas: adaptação, autoconhecimento, formato ideal de programa e comunicação em outro idioma.
O “Agora Vai” nasceu com uma proposta simples: ouvir quem já viveu a experiência, entender dúvidas recorrentes de quem está começando a planejar e reunir, no mesmo espaço, relatos, oficinas e orientações. Com entrada gratuita, o evento recebeu adolescentes, famílias e curiosos em São Paulo, num dia dedicado ao que vem antes das fotos e dos relatos de viagem: a preparação.
O que foi destaque no encontro
Ao longo do dia, influenciadores convidados contaram o que mais pesou na decisão e no período de adaptação. Especialistas da EF apresentaram formatos de curso de idiomas no exterior e intercâmbios voltados ao público jovem, com variações de duração, destino e suporte. O fio condutor esteve nas dúvidas práticas: como lidar com a saudade, como organizar a rotina no novo país e como escolher o formato mais adequado ao perfil.
O que ninguém costuma contar sobre estudar fora na adolescência
O intercâmbio costuma ser associado a amizades e fluência, mas a etapa de adaptação pede preparo emocional. Saudade, mudança de hábitos e choque cultural aparecem no início. São fases que, quando bem acompanhadas, ajudam a desenvolver independência, responsabilidade e leitura de contexto.
A organização de horários, a convivência com colegas de diferentes países e o contato diário com outro idioma aceleram o aprendizado, mas também exigem tempo para consolidar confiança.
Giulia Benite: autoconhecimento como ganho central
Aos 17 anos, Giulia Benite, conhecida por interpretar a Mônica no cinema, compartilhou a vivência em Nova York. Ela falou sobre ansiedade antes da viagem e sobre como isso se transformou em aprendizado.
“O que mais aprendi não foi só o idioma… foi me conhecer”, disse.
O depoimento reforçou um dos pontos mais lembrados por quem estudou fora cedo: ganhar repertório sobre si mesmo é parte do processo.
Bárbara Cruz e Fabiana Landim: formatos diferentes, objetivos em comum
A atriz e influenciadora Bárbara Cruz, 14 anos, relatou a preparação para um intercâmbio em 2026. Expectativa e dúvidas caminham juntas nessa fase, e o planejamento ajuda a tornar a decisão mais segura.
A criadora Fabiana Landim trouxe uma visão complementar: a primeira experiência dela ocorreu aos 10 anos, nos Estados Unidos. Hoje, mais madura, planeja uma nova etapa em Paris, lembrando que o intercâmbio pode acontecer em momentos distintos da vida.
As duas participaram de um debate sobre intercâmbio em grupo e intercâmbio individual. O coletivo costuma oferecer apoio social desde o início, enquanto o individual dá mais autonomia e imersão. A escolha depende do perfil do estudante e do que ele busca com a viagem.
Oficina de oratória com Marianna Santos
A atriz e influenciadora Marianna Santos, 14 anos, conhecida por trabalhos em “Poliana Moça”, “Carinha de Anjo” e “Luz”, conduziu uma oficina prática de comunicação. Técnicas simples, como respiração 4-2-4, pequenos exercícios de improviso e ensaio de apresentações curtas, foram colocadas em prática.
“Falar em público não é sobre ser perfeito, é sobre se conectar”, disse Marianna. O recado vale tanto para português quanto para outro idioma: confiança se constrói com treino e feedback.
Dores mais citadas por quem vai antes dos 18
Saudade e rotina: distância da família, novos hábitos e outra dinâmica de casa pedem tempo de ajuste.
Comunicação no dia a dia: sair do “inglês da sala de aula” para o inglês da rua exige paciência. Erros acontecem, e são parte do aprendizado.
Pertencimento: a sensação de “não me encaixo” costuma ceder quando chegam as primeiras amizades e atividades fixas.
Preparação que ajuda
Organizar documentos com antecedência, entender o calendário escolar do destino e listar contatos de suporte no país reduzem a ansiedade. Ter um plano para os primeiros dias (supermercado, transporte, chip, rota para a escola) encurta a fase mais confusa da chegada. E conversar com quem já passou pela experiência dá linhas gerais do que esperar.
O papel da escola de idiomas e do suporte
No evento, equipes da EF apresentaram opções de cursos e intercâmbios para adolescentes. A contribuição esteve na explicação de formatos, cargas horárias e formas de acompanhamento. Em programas para menores de idade, a clareza sobre regras de hospedagem, responsáveis locais e canais de atendimento é decisiva.
Intercâmbio em grupo x individual: como decidir
Quem valoriza ter companhia desde o primeiro dia pode preferir grupos com roteiro e acompanhamento constantes. Quem busca imersão total e liberdade para ajustar a rotina tende a escolher o formato individual. Não existe “certo” ou “errado”: a decisão passa por maturidade, objetivo e tempo disponível.
O que fica depois da experiência
Muitos relatos apontam ganhos que continuam na volta: mais autonomia, repertório cultural e segurança para circular em ambientes novos. Para adolescentes que pretendem seguir com estudos no exterior, o primeiro intercâmbio costuma abrir portas e reduzir o choque em etapas futuras. Seja o medo de errar ou de não se encaixar, fazer um intercâmbio na adolescência é uma oportunidade de enfrentar essas barreiras e descobrir a própria força interior.
Uma mensagem que ficou
O encontro terminou retomando uma fala de Giulia Benite: “O primeiro passo é o mais difícil, mas é o mais importante.” A ideia resume o espírito do dia. O intercâmbio começa antes da viagem, quando o planejamento e a decisão tomam forma. A partir daí, informação, rede de apoio e expectativas realistas ajudam a transformar a vontade em experiência concreta.