Golpe da inscrição no Enem: como bandidos criaram sites falsos e roubaram mais de 35 mil alunos

Criminosos conseguiram lucrar R$ 3 milhões. Candidatos eram levados a fazer pagamentos via Pix acreditando que estavam pagando taxa para se inscrever no exame

10 jul 2025 - 13h34
(atualizado às 15h01)

Criminosos conseguiram lucrar R$ 3 milhões roubando dinheiro de 35.294 alunos que desejavam fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2024, conforme apurado pelo Estadão. Ao menos duas pessoas estão envolvidas.

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Durante o período oficial de inscrições, entre 27 de maio e 14 de junho do ano passado, os golpistas criaram páginas falsas na internet para simular o ambiente oficial do Inep. Os candidatos enganados, além do prejuízo, acabaram sem a inscrição no exame do ano passado.

Por meio desses sites, os estudantes eram levados a fazer pagamentos via Pix - eles acreditava que estavam se inscrevendo no exame. O dinheiro foi direcionado para uma conta bancária vinculada a uma empresa privada que não estava autorizada a receber tais valores - oficialmente apenas o Inep aparece como recebedor dessas taxas.

Investigação da Polícia Federal aponta que os recursos foram recebidos por meio de uma fintech, em conta corrente de titularidade da empresa envolvida, cujo nome não foi informado. Na internet, há várias queixas sobre cobranças indevidas semelhantes.

Um dos investigados tem ao menos 15 anotações criminais em seu nome relacionadas ao crime de estelionato.

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Nesta quinta, 10, a PF deflagrou uma operação contra as fraudes. O crime incluía publicidade enganosa em redes sociais e o uso indevido de sinais públicos do governo federal, do Ministério da Educação (MEC) e do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep), órgão responsável pela prova. Por meio disso, os bandidos induziam os estudantes a fazerem pagamentos indevidos das taxas de inscrição da prova em 2024.

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