Economia argentina pode perder até US$ 500 milhões com greve geral, diz instituto

Isso equivale a 1,1% do PIB de maio e 24,3% do que teria sido produzido no dia

9 mai 2024 - 21h24
(atualizado às 22h36)

O custo econômico da greve geral na Argentina desta quinta-feira (9), organizada pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), alcançaria os 489 trilhões de pesos, ou US$ 544 milhões. Isso equivale a 1,1% do PIB de maio e 24,3% do que teria sido produzido no dia, de acordo com uma estimativa preliminar do Instituto de Economia da Universidade Argentina de la Empresa (UADE).

CGT, organizadora do movimento, pronuncia
CGT, organizadora do movimento, pronuncia
Foto: se em coletiva de imprensa - Noticias Argentinas / Perfil Brasil

O cálculo "pressupõe que nem todos os setores e regiões perderão igualmente durante a greve e que até mesmo 20,1% do que foi inicialmente perdido será recuperado dentro do mês", relatou o estudo.

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Devido à greve, alguns setores praticamente não sofrem nenhum impacto, enquanto outros se recuperam rapidamente. "No entanto, há outros setores e empresas que sofrem perdas irreparáveis e outros que, embora possam recuperar grande parte do que foi perdido, o farão em um prazo muito mais longo".

Estimativa do Governo

Segundo o Governo, estima-se que serão perdidos um bilhão e meio de pesos. "Por conta da greve de alguns, todos nós pagamos", afirmou o porta-voz presidencial, Manuel Adorni. E acrescentou: "Um único dia de greve causa essa perda irreparável".

Ao detalhar o impacto da medida de força em termos econômicos, o porta-voz afirmou que equivale a "1.758.742 cestas básicas".

Além disso, indicou que representa o custo de "5.228.643 aposentadorias mínimas". Em relação à produção agropecuária, Adorni afirmou que equivale a "266.702.804 quilos de carne".

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Adesão à greve nos comércios de Buenos Aires

A Federação do Comércio e Indústria da Cidade de Buenos Aires (FECOBA) apontou que o nível de adesão à greve no varejo portenho alcançou 17%.

"Embora tenha sido um nível de adesão maior do que o registrado em janeiro último, quando ocorreu a primeira greve nacional durante o atual governo, a adesão permaneceu em um nível baixo", indicou a Federação.

"Os bairros mais afetados pela medida de força foram os localizados na zona do micro e macrocentro, onde a falta de fluxo de público foi ainda mais evidente".

"Neste contexto, o levantamento da FECOBA constatou que 83% dos comerciantes consultados afirmaram ter aberto a loja", acrescentaram da entidade.

*Leia a matéria completa (em espanhol) em Perfil.com

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