GP do Japão de F1 é cancelado por pandemia de Covid-19

País enfrenta alta constante de casos e internações pela doença

18 ago 2021 - 10h04
(atualizado às 10h08)

O Grande Prêmio do Japão de Fórmula 1 foi cancelado nesta quarta-feira (18) por conta do aumento de casos e internações provocados pela Covid-19 no país. Com isso, a corrida que seria disputada em Suzuka no dia 10 de outubro foi suspensa pelo segundo ano seguido.

    "Após longas discussões com os organizadores e as autoridades japonesas, foi tomada a decisão de cancelar a prova nesta temporada por causa da complexidade provocada pela pandemia no país", diz o comunicado oficial.

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    A Liberty Media, que detêm a categoria, ainda informou que anunciará os "detalhes finais" do calendário para o fim do ano "nas próximas semanas". "A Fórmula 1 demonstrou nesse ano e em 2020 que podemos nos adaptar e encontrar soluções às incertezas em andamento e está entusiasmada com o nível de interesse nos locais que vão sediar os eventos da Fórmula 1 neste ano e além", diz ainda.

    A etapa japonesa é a quinta cancelada ou adiada na temporada 2021. Canadá, Singapura e Austrália abriram mão de realizar a prova e a da Turquia foi suspensa e depois remarcada para 3 de outubro.

    O Japão vem registrando uma alta constante nos casos e internações desde o mês de junho. O país realizou os Jogos Olímpicos de Tóquio, e ainda sediará as Paralimpíadas, mas a opinião pública criticou constantemente a realização dos dois eventos em meio à pandemia. Com isso, o governo também poupa sua imagem ao negar ser sede de mais uma prova internacional.

    Atualmente, o país tem uma média de mais de 18 mil casos diários, algo nunca registrado antes, e cerca de 50% das unidades de terapia intensiva dedicadas aos pacientes com coronavírus Sars-CoV-2 ocupadas.

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    Outro ponto preocupante é a lentidão na campanha de vacinação anti-Covid. De acordo com os dados do portal Our World in Data, cerca de 50,5% dos cidadãos já iniciaram o ciclo de imunização, mas apenas 39% estão com a vacinação completa.

    Por conta disso, o governo nacional decidiu estender o estado de emergência em 15 prefeituras até o dia 12 de setembro. Mas, diferentemente dos vizinhos asiáticos ou de países ocidentais, a declaração não impõe lockdown ou restrições duras. As medidas mais intensas são na limitação do horário dos restaurantes e bares e a proibição de venda de bebidas alcoólicas em "locais de diversão" após às 20h. .

  
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