Único a votar pela absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no julgamento da trama golpista, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, disse que fez sua parte e que "dissenso não é discórdia". A declaração foi dada nesta quinta-feira, 11, durante a sessão da corte que mediu a extensão das penas dos oito condenados.
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“Todos apresentaram votos densos, mostrando que nós nos dedicamos ao nosso ofício, deixando destacado também que dissenso não é discórdia”, disse. Vencido pela maioria de quatro votos, Fux foi alvo de comentários de seus pares durante a sessão por seu pedido de silêncio enquanto proferisse seu voto na última quarta-feira, 10.
Esta foi a primeira declaração do juíz depois de passar o julgamento inteiro em silêncio. No dia anterior, o ministro ocupou toda a sessão com seu voto, que durou mais de 12h na quarta-feira, 10,
“Então, eu tenho a total impressão de que cumprimos o nosso dever, com independência, com o descortino que se exige do juiz, porque num país em que os juízes temem, as suas decisões valerão tanto quanto vale essas pessoas”, afirmou Fux.