O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), pediu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ajuda com a distribuidora de energia elétrica Enel. O prefeito fez o pedido durante a cerimônia de lançamento do SBT News, em Osasco (SP), nesta sexta-feira, 12, na qual autoridades convidadas discursam.
"Eu espero que na segunda-feira, na estreia, presidente, a gente não tenha ainda a cidade de São Paulo com a Enel, o senhor precisa nos ajudar nisso. Não tá fácil", disse ele, ao que Lula reagiu na plateia com um sorriso. Na quarta-feira, 10, um vendaval atingiu a capital paulista e centenas de milhares de casas ficaram sem luz na grande São Paulo.
Nunes discursou logo após o ex-ministro e ex-deputado federal Fábio Faria, que está na liderança do novo canal SBT News. Além dele e de Lula, participam da cerimônia o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin; os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Frederico Siqueira Filho (Comunicações) e Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação Social).
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes também esteve presente. É a primeira aparição pública do ministro desde que o governo dos Estados Unidos retirou as sanções da Lei Magnitsky contra ele e a esposa dele, Viviane Barci de Moraes, nesta sexta.
Apagão em SP
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, defendeu nessa quinta-feira, 11, intervenção do governo federal na Enel. Ele afirmou que a medida é necessária para resolver o problema.
"A intervenção funciona; o plano de contingência não", disse o governador. Tarcísio classificou como "absolutamente insuficiente" o desempenho da empresa para restabelecer o fornecimento de energia.
Em nota, o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, criticou a postura do governador de São Paulo e do prefeito Ricardo Nunes em relação ao apagão.
"Enquanto o governador de São Paulo e o prefeito da capital do Estado preferem transformar um episódio climático extremo em disputa política, o Governo do Brasil mantém o foco naquilo que realmente importa: restabelecer a energia elétrica para a população com rapidez e segurança", disse Silveira.
O vendaval registrado em São Paulo foi o maior da história. Os ventos chegaram a 98 km por hora na Lapa, zona oeste da cidade. Na região do aeroporto de Congonhas a velocidade dos ventos alcançou 96 km por hora. No total, mais de 300 voos foram cancelados em Congonhas e no aeroporto internacional de Guarulhos.