Relator no Conselho de Ética vota por cassação de Glauber Braga

Segundo Paulo Magalhães, deputado do PSOL cometeu desvios de conduta ao expulsar, aos chutes, integrante do MBL da Câmara em abril de 2024

2 abr 2025 - 17h55
(atualizado às 18h12)
Resumo
Relator do Conselho de Ética da Câmara recomendou a cassação do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) por conduta abusiva em uma briga física com Gabriel Costenaro (MBL) na casa legislativa.
Relator, deputado Paulo Magalhães (à esq.), vota pela cassação do deputado Glauber Braga (à dir.) no conselho de ética da Câmara dos Deputados
Relator, deputado Paulo Magalhães (à esq.), vota pela cassação do deputado Glauber Braga (à dir.) no conselho de ética da Câmara dos Deputados
Foto: Lula Marques/Agência Brasil - 02.04.2025

O relator do processo contra o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) no Conselho de Ética da Câmara, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), votou nesta quarta-feira, 2, pela cassação do mandato do parlamentar.

Segundo o parecer de Magalhães, Glauber cometeu desvios de conduta ao expulsar, aos chutes, o integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) Gabriel Costenaro do interior da casa legislativa, em abril de 2024.

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"Diante das provas produzidas nos autos, verifica-se que o representado [deputado Glauber Braga] extrapolou os direitos inerentes ao mandato, abusando, assim, das prerrogativas que possui”, afirmou Magalhães.

"Portanto, é imperioso admitir que o representado, com seus atos, efetivamente incidiu na prática da conduta, sendo cabível, no caso sob exame, a sanção da perda do mandato", acrescentou.

O parecer de Paulo Magalhães ainda precisará ser votado pelos membros do Conselho de Ética, que podem aprovar ou rejeitar o parecer. A aprovação requer ao menos 257 votos favoráveis dos 513 deputados. A pedido do deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), a votação foi adiada e deve ocorrer na próxima semana.

Relembre o caso

Em 16 de abril de 2024, Braga e Costenaro começaram a discutir verbalmente em um dos anexos da Câmara dos Deputados. O desentendimento evoluiu para uma briga física, com empurrões e chutes do deputado, que tentava retirar o integrante do MBL às forças das dependências da casa legislativa.

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A discussão seguiu para o exterior da Câmara e precisou ser apartada por policiais legislativos, que conduziram Braga e Costenaro para prestar depoimento no Departamento de Polícia Legislativa (Depol) da Câmara. Lá, o deputado passou a discutir com o deputado Kim Kataguiri (União-SP).

Vídeos mostram que, em determinado momento, Glauber segura e pressiona as mãos de Kataguiri, ato que o Partido Novo — autor da representação contra Glauber Braga no Conselho de Ética — também classifica como agressão física. Depois, os deputados trocaram empurrões.

Fonte: Redação Terra
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