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Procurador-geral confirma acusações contra Renan Calheiros

1 fev 2013 - 14h52
(atualizado às 14h56)

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, confirmou nesta sexta-feira que o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), eleito agora à tarde para a presidência do Senado, é acusado de ter praticado três crimes: peculato, falsidade ideológica e utilização de documento falso. O documento com as denúncias foi apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na semana passada.

Segundo Gurgel, os delitos foram cometidos quando Calheiros usou a verba de representação de seu gabinete para fins não previstos em lei. "Ele comprovou isso com notas frias. O serviço, na verdade, não foi prestado, por isso caracteriza peculato", explicou o procurador, após sessão de abertura do ano judiciário no STF.

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Gurgel voltou a rejeitar a tese de que a denúncia teve motivação política e disse que o Ministério Público não pode ficar subordinado ao calendário político. O procurador acionou o STF uma semana antes da eleição para a presidência do Senado, marcada para hoje.

Segundo o procurador, a denúncia não foi apresentada antes porque ele estava ocupado com o julgamento do mensalão, que dominou a pauta do STF durante o último semestre de 2012. "Se não tivesse o mensalão, provavelmente, essa denúncia teria sido oferecida antes", assegurou.

Gurgel disse ainda que não falou sobre o assunto com o relator do processo, ministro Ricardo Lewandowski, e que a denúncia tem cerca de 17 páginas. Mais cedo, Lewandowski disse que ainda não tomou conhecimento do caso, pois voltou de recesso hoje. Também informou que não deve tirar o sigilo do processo porque há informações fiscais e bancárias confidenciais do senador e de outras pessoas envolvidas.

Lewandowski disse ainda que não pretende dar prioridade ao processo e que não há previsão para levar o caso ao plenário. "É um processo que será examinado normalmente dentro do cronograma de exame dos processos que tenho dentro do meu gabinete."

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Agência Brasil
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