'Prisão domiciliar é sinônimo de impunidade': Eduardo Bolsonaro já ironizou medida no passado

Desde segunda-feira, 4, Jair Bolsonaro, pai do deputado federal, está em prisão domiciliar, após decisão de Moraes

5 ago 2025 - 08h46
(atualizado às 09h40)
Resumo
Eduardo Bolsonaro, que no passado criticou a prisão domiciliar como sinônimo de impunidade, vê agora seu pai, Jair Bolsonaro, nessa condição, determinada pelo STF em uma investigação sobre trama golpista.
Eduardo Bolsonaro já criticou prisão domiciliar no passado, pedindo penas mais duras.
Eduardo Bolsonaro já criticou prisão domiciliar no passado, pedindo penas mais duras.
Foto: Reprodução/Youtube

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), já ironizou a prisão domiciliar em 2018, dizendo que esse tipo de pena seria leve demais. “Dá para levar a sério um País onde existe prisão domiciliar?”, escreveu em sua conta no X, antigo Twitter.

Desde segunda-feira, 4, Jair Bolsonaro está em prisão domiciliar, após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

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“Dá para levar a sério um país onde existe PRISÃO DOMICILIAR? O condenado é carcereiro dele mesmo!!! Se não conseguem nem monitorar as tornozeleiras eletrônicas quem dirá cada preso em seu domicílio. A lei de execuções penais e CPP precisam ser revisados urgentemente!!!”, diz a postagem antiga de Eduardo Bolsonaro.

Essa não foi a única vez que o deputado criticou o tipo de cumprimento de prisão. Em 2017, ele disse que prisão domiciliar é sinônimo de impunidade.

“Ladrão de galinha ir para a cadeia e ladrão amigo do rei para prisão domiciliar (leia-se mansão) é sinônimo de impunidade. Infelizmente juízes se utilizam de brechas nas leis para favorecer alguns. É preciso revogar o instituto da prisão domiciliar”, postou.

A prisão domiciliar de Jair Bolsonaro foi ordenada em meio à investigação do ex-presidente que apura o envolvimento dele e de outros membros de seu governo em uma trama golpista.

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No último domingo, 3, em meio a atos pela anistia aos réus da trama golpista, Bolsonaro apareceu em vídeos feitos por apoiadores. O ex-presidente estava proibido de usar as redes sociais, mesmo que por intermédio de outras pessoas.

Agora em prisão domiciliar, Bolsonaro fica proibido de receber visitas, a não ser de advogados e pessoas autorizadas nos autos. O uso de celulares pelo ex-presidente também foi vetado, diretamente ou por meio de outras pessoas. Moraes também afirmou que o descumprimento da prisão domiciliar irá acarretar em uma decretação de prisão preventiva.

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Fonte: Redação Terra
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