Principal partido aliado do PT no governo federal, o PMDB convocou uma reunião para a noite desta quarta-feira na qual avaliará a sinalização da presidente Dilma Rousseff em não ceder mais espaço à legenda na Esplanada. O partido pleiteia uma ampliação no governo federal e admite trocar o ministério do Turismo por outro de maior expressão, como o das Cidades.
O encontro vai ocorrer na residência oficial do Jaburu e terá como anfitrião o vice-presidente da República – e presidente licenciado do partido – , Michel Temer. São esperados os presidentes da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (RN), e do Senado, Renan Calheiros (AL); o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ); os líder do partido no Senado, Eunício Oliveira (CE); o líder do governo no Congresso Nacional, senador Eduardo Braga (AM); além dos senadores José Sarney (AP), Vital do Rêgo (PB), do deputado Eliseu Padilha (RS), do ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, e do presidente da legenda, senador Valdir Raupp (RO).
Segundo interlocutores peemedebistas, a reunião servirá para “fazer uma análise da reforma ministerial e definir o posicionamento político do partido”. O balde de água fria jogado pela presidente em encontro com Temer na última segunda não foi bem aceito pelo PMDB.
Um dos convidados para o encontro do Jaburu disse, em condição de anonimato, que o partido vai discutir hoje as alianças estaduais. PT e PMDB vêm debatendo o assunto há algum tempo para garantir palanque à presidente nos estados onde há rivalidade entre as legendas ou onde o PMDB apoia outra aliança. Há casos conflitantes em pelo menos sete estados: Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná e Rio de Janeiro. Os peemedebistas negam que uma retaliação venha a ser discutida.