Nova prefeita de São Bernardo é sargento da PM e entrou na política há 1 ano; conheça

Jéssica Cornick (Avante) entrou na política no ano passado após receber um convite para compor a chapa

14 ago 2025 - 10h06
(atualizado às 14h07)
Resumo
Após o afastamento judicial do prefeito de São Bernardo do Campo, Marcelo Lima (Podemos), por suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro, a vice-prefeita Jéssica Cornick (Avante) assumiu a prefeitura.
Jéssica Cornick (Avante) assume Prefeitura de São Bernardo após afastamento do prefeito
Jéssica Cornick (Avante) assume Prefeitura de São Bernardo após afastamento do prefeito
Foto: Reprodução/Instagram/@jesscormick

Após o prefeito de São Bernardo do Campo, Marcelo Lima (Podemos), ser afastado do cargo por ordem judicial, a vice-prefeita, Jéssica Cornick (Avante), é quem assume o comando da cidade localizada na Grande São Paulo.

Jéssica tem 39 anos e entrou na política no ano passado após receber um convite de Marcelo Lima para compor a chapa como vice. Os dois foram eleitos no segundo turno das eleições em 2024, com 55,7% dos votos válidos

Publicidade

Antes disso, Jéssica construiu sua trajetória profissional na Polícia Militar, onde ingressou em 2005. Ela foi promovida a Cabo em 2016 e, depois, a Sargento pelo Curso de Formação de Sargentos. Ela se afastou da PM no ano passado.

Jéssica tem 39 anos entrou na política em 2024 após receber um convite de Marcelo Lima
Foto: Reprodução/Instagram/@jesscormick

A vice-prefeita também fez especialização em Polícia Ostensiva e Preservação da Ordem Pública e cursos voltados para a gestão pública e os direitos humanos. Segundo o site da Prefeitura, ela atualmente cursa um MBA em Governança Pública.

Ela é casada com o Sargento da PM, Éder Munhoz, que conheceu no 6° Batalhão da PM da cidade, e tem uma filha, Rafaella, nascida em 2013. 

Prefeito de São Bernardo é afastado do cargo; operação da PF investiga corrupção
Video Player

Afastamento de prefeito

Marcelo Lima (Podemos), 42 anos, foi afastado do cargo por ordem judicial e alvo de operação da Polícia Federal (PF) deflagrada nesta quinta-feira, 14. A ação investiga um suposto esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na administração do município. Marcelo terá que usar tornozeleira eletrônica e está proibido de frequentar a prefeitura.

Publicidade

Na ação de hoje, os policiais federais cumprem 20 mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva nas cidades de São Paulo, São Bernardo do Campo, Santo André, Mauá e Diadema, todas no estado de São Paulo.

Também foram determinadas medidas de afastamento de sigilos bancário e fiscal e afastamento de cargos públicos e o monitoramento eletrônico. As ordens judiciais foram expedidas pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. 

De acordo com o Estadão, dois vereadores também são investigados no caso. Uma das ordens de prisão é para Paulo Iran Paulino Costa, apontado como operador financeiro de propinas. Ele está foragido. Costa é assessor parlamentar no gabinete do deputado estadual Rodrigo Moraes (PL).

Segundo a PF, as investigações da Operação Estafeta começaram em julho deste ano após a apreensão de R$ 14 milhões em espécie (entre reais e dólares norte-americanos) que estavam com um servidor público suspeito de integrar o grupo criminoso.

Publicidade

Os investigados podem responder, na medida de suas condutas, pelos seguintes crimes:

  • organização criminosa;
  • lavagem de dinheiro;
  • corrupção passiva; e
  • corrupção ativa.

Em nota ao Terra, a Prefeitura de São Bernardo informou que irá colaborar com todas as informações necessárias em relação ao caso. "A gestão municipal é a principal interessada para que tudo seja devidamente apurado. Reforçamos que o episódio não afeta os serviços na cidade", afirmou.

A reportagem também busca contato com a defesa de Paulo Iran Paulino Costa. O espaço segue aberto para manifestações.

Fonte: Redação Terra
Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se