O presidente Lula usou sua tradicional "gravata da sorte" ao participar pela décima vez a Assembleia Geral da ONU, mantendo uma tradição iniciada em 2008 em eventos de grande relevância.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manteve a tradição e escolheu vestir a sua "gravata da sorte" durante seu discurso na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que acontece nesta terça-feira, 23, na sede em Nova York, nos Estados Unidos.
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A gravata de fundo azul marinho leva as cores do Brasil, com listras em verde, amarelo e branco. O petista usou o acessório pela primeira vez em 2008 e, desde então, costuma acompanhar Lula em agendas internacionais e compromissos relevantes. A primeira vez teria sido quando Lula esteve em Pequim, durante as Olimpíadas.
Nos dois discursos que fez na Assembleia Geral da ONU anteriores neste mandato, o presidente brasileiro estava com a gravata da sorte.
Em visitas a outros países, como quando foi à China se encontrar com Xi Jinping, e aos Estados Unidos, durante o governo de Joe Biden, antecessor de Donald Trump, Lula escoheu usar a gravata.
Já no cenário interno, a gravata da sorte voltou a ser destaque em 2016, quando Lula era investigado no âmbito da Operação Lava Jato. Ele usou o acessório durante o seu depoimento ao então juiz Sergio Moro. Da mesma forma, em um interrogatório em 2017, em Curitiba (PR), Lula apareceu com a tradicional gravata.
Voltando aos anos mais recentes, ao assumir a Presidência novamente, em 2022, o petista foi capa da revista Time, usando a tal gravata verde e amarela. "Segundo ato de Lula", dizia a manchete. "O mais popular de todos os presidentes brasileiros volta do exílio político com a promessa de salvar a nação", complementava a chamada da revista.
Discurso de Lula na ONU
É a décima vez que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) – mas é a primeira com o Brasil imerso em uma crise diplomática com os Estados Unidos, onde o evento acontece. A 80ª edição do encontro conta com mais de 150 líderes internacionais e começa nesta terça-feira, 23.
Há uma tradição de que o Brasil sempre abra os discursos dos chefes de Estado. A prática começou em 1949, em meio ao clima de confronto da Guerra Fria, justamente para evitar dar primazia aos Estados Unidos ou à União Soviética.