Lula rebate críticas sobre investimento de R$ 1,5 bi em trecho da Via Dutra

Segundo presidente, importância da obra não pode ser medida pelo tamanho, mas por qualidade do serviço que ela vai prestar para a sociedade

15 abr 2025 - 16h10
(atualizado às 17h55)
Resumo
Lula defendeu o investimento de R$ 1,5 bilhão nas obras da Rodovia Presidente Dutra, destacando qualidade e impacto no escoamento da produção. Ele criticou gestões anteriores por obras paradas e enfatizou a importância de transporte intermodal para o desenvolvimento do Brasil.
Lula tem tratado de forma recorrente da tentativa de golpe de Estado que gerou uma denúncia da PGR contra Bolsonaro
Lula tem tratado de forma recorrente da tentativa de golpe de Estado que gerou uma denúncia da PGR contra Bolsonaro
Foto: Taba Benedicto/ Estadão / Estadão

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebateu as críticas em relação ao recurso destinado às obras de um trecho da Rodovia Presidente Dutra — que conecta São Paulo e Rio de Janeiro — e que, segundo o governo, soma R$ 1,5 bilhão. Segundo o petista, a justificativa do investimento não é medida pelo tamanho, mas pela qualidade do serviço que vai ser prestado à sociedade.

"Muita gente que não conhece pode dizer: 'Poxa vida, gastar R$ 1,5 bilhão para cuidar de oito quilômetros de estrada, esses portugueses são caros'. Não. É porque, quando você pega uma obra dessa, você não mede ela pelo tamanho. A importância dela não é o tamanho, é a qualidade do serviço que ela vai prestar para a sociedade, caminhoneiros, carros, cargas", disse Lula, durante visita a obras da Rodovia Presidente Dutra, na Serra das Araras (RJ), nesta terça-feira, 15.

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As novas pistas ocupam uma distância de 16 quilômetros, segundo o governo federal, com quatro faixas por sentido, acostamento e uma faixa de segurança, além de duas rampas de escape. Atualmente, segundo a gestão, estão em andamento obras de construção de novas contenções, fundação de viadutos, drenagens, além da construção do canteiro industrial e de novos caminhos de serviço. Os trabalhos tiveram início em abril de 2024 e estão 25% concluídos.

Lula, atual presidente do Brasil
Foto: Banda B

Lula comentou que o Brasil se transformou em país de obras paradas e fez críticas às gestões federais que vieram após o impeachment de Dilma Rousseff. "Essa irresponsabilidade administrativa não vai mais acontecer", afirmou. "A gente precisa chegar à conclusão de que este país não pode mais passar um século sendo tratado como o país do futuro." Ele, ainda, ponderou que "nem sempre projetos andam com rapidez que a gente queria".

O chefe do Executivo disse querer que o Brasil deixe de ser "eternamente um país pequeno, pobre, e se transforme em um país rico, em que as pessoas tenham poder de classe média". Segundo Lula, não haverá possibilidade de o Brasil ser competitivo do ponto de vista internacional se não houver capacidade de facilitar o escoamento da produção nacional.

Ao final de seu discurso, o presidente ouviu um policial ferroviário, que se levantou da plateia para falar com ele. Após isso, o petista disse que o Brasil não precisa apenas de rodovia, mas de ferrovia também. "É preciso que tenhamos transporte mais limpo, ferroviário e rodoviário", afirmou. "Essa combinação intermodal é o que vai permitir que o Brasil dê salto de qualidade."

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Fonte: Redação Terra
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