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Gilmar envia inquérito contra Aécio para TRE de MG

"Entendo que a investigação deve ser aprofundada para que as suspeitas indicadas sejam esclarecidas", escreveu o ministro

14 set 2018 - 22h40
(atualizado em 15/9/2018 às 09h47)

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido da defesa do senador Aécio Neves (PSDB-MG) que pedia o arquivamento do inquérito em que ele era investigado por supostamente intermediar o pagamento de vantagens indevidas da Odebrecht para a campanha de Antônio Anastasia ao governo mineiro, em 2010. Os autos serão enviados ao Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais.

Senador Aécio Neves durante campanha em 2014
Senador Aécio Neves durante campanha em 2014
Foto: Jerônimo do Carmo/ Mafalda Press / Estadão

A decisão atendeu pedido da Procuradoria-Geral da República.

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Os colaboradores revelaram que, em 2010, a pedido de Aécio, pagaram R$ 5,4 milhões em "vantagens indevidas" para a campanha de Anastasia ao governo de Minas. Os delatores contaram ainda que, também por solicitação de Aécio, quando ainda era governador, desembolsaram em 2009 R$ 1,8 milhão para a campanha de Anastasia.

Em sua decisão, o ministro escreveu que o pedido da defesa para arquivar o inquérito não deveria ser acolhido por entender que há indícios que devem ser aprofundados a partir das linhas investigativas estabelecidas pela Polícia Federal e Ministério Público, com base nos depoimentos e documentos constantes no inquérito. "Entendo que a investigação deve ser aprofundada para que as suspeitas indicadas sejam esclarecidas, com o posterior arquivamento dos autos ou oferecimento de denúncia", escreveu.

"Percebe-se claramente que os fatos em análise são anteriores e não relacionados ao exercício das funções de senadores da República pelos investigados Aécio Neves e Antônio Anastasia. Quanto à definição do juízo competente, os indícios apontados podem configurar o delito do art. 350 do Código Eleitoral (falsidade ideológica), a ensejar o declínio da competência à Justiça Eleitoral."

Defesa

Em nota, o advogado Alberto Zacharias Toron, que integra a defesa do senador Aécio Neves, disse que a decisão do ministro reconhece a improcedência da acusação formulada pela instituição. "O envio à Justiça Eleitoral foi uma solicitação subsidiária feita pela defesa. O senador confia que também nesse caso a verdade será restabelecida e o inquérito arquivado."

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A assessoria de imprensa de Anastasia informou que o pedido da PGR e a decisão do Supremo "comprova que não houve qualquer crime no caso". "O TRE, que aprovou as contas da campanha na época, agora poderá analisar novamente a questão. Afinal, como afirma desde o início, em toda sua trajetória Anastasia nunca tratou de qualquer de assunto ilícito com ninguém."

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