Estrategista de Trump defende Bolsonaro e critica STF: 'Não descansaremos'

Jason Miller diz que decisão do STF pode gerar uma reação do governo dos Estados Unidos

18 jul 2025 - 13h54
(atualizado às 13h59)
Resumo
O estrategista de Trump, Jason Miller, manifestou apoio a Bolsonaro, criticou o STF, e alertou para possível reação dos EUA, enquanto o ex-presidente brasileiro enfrenta medidas cautelares após operação da Polícia Federal.
Jair Bolsonaro conversa com a imprensa após ser alvo de operação da PF
Jair Bolsonaro conversa com a imprensa após ser alvo de operação da PF
Foto: Wilton Júnior / Estadão

Jason Miller, estrategista do presidente americano, Donald Trump, manifestou apoio a Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais nesta sexta-feira, 18, após o ex-presidente brasileiro ser alvo de uma operação da Polícia Federal, além de ser submetido a medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Jason Miller é um dos principais interlocutores entre Donald Trump e a família Bolsonaro. Ele apontou que a decisão do STF pode gerar uma resposta da Casa Branca.

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"Seja forte, Presidente @jairbolsonaro!", escreveu nas redes sociais. "O mundo inteiro está assistindo às táticas ditatoriais e antidemocráticas de @Alexandre de Moraes, e dezenas de milhões de pessoas o apoiam", continuou.

"Não descansaremos até que a perseguição política tenha cessado!", completou. Miller trabalha com Trump desde 2016, e já atuou como assessor direto do presidente dos EUA. Em 2024, ele foi uma peça chave para a eleição do republicano.

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Ele voltou às redes sociais para continuar os ataques a Moraes. "Jogada corajosa de @Alexandre de Moraes para anunciar ao mundo que ele quer crédito total pela perseguição política e caça às bruxas contra o presidente @jairbolsonaro! Agora sabemos quem realmente está governando o Brasil!", disse.

Bolsonaro é alvo de operação da PF

A Polícia Federal (PF) cumpriu dois mandados de busca e apreensão nesta sexta contra o ex-presidente, que vai passar a utilizar tornozeleira eletrônica, está proibido de conversar com o filho Eduardo e de usar as redes sociais.

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Sobre a decisão, Bolsonaro avaliou como "exagero e perseguição". "É um exagero, sou ex-presidente da República e tenho 70 anos. É uma humilhação. Eu não tenho a menor dúvida que é perseguição".

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As ordens judiciais foram cumpridas na residência de Bolsonaro, em Brasília, e na sede do PL, legenda do ex-presidente. Todos os mandados foram ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

As medidas cautelares impostas a Bolsonaro foram o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de acessar redes sociais, eecolhimento domiciliar de 19 horas às 7 horas todos os dias, incluindo os fins de semana, e a proibição de que o ex-presidente se comunique com embaixadores e diplomatas estrangeiros, além de outros réus e investigados pelo STF.

Durante as buscas na casa de Bolsonaro, foram encontrados cerca de US$ 14 mil e R$ 8 mil. Os valores encontrados em dinheiro vivo não representam, necessariamente, um delito. No entanto, os policiais deverão apurar se a quantia seria utilizada para eventual crime.

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Fonte: Redação Terra
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